O dr. Abrão José Cury Jr, diretor da Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, explica o colesterol.
Qual a importância de manter os níveis de colesterol normais?
O colesterol elevado é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, como Acidente Vascular Cerebral e Infarto. Portanto, para evitar essas doenças, que são a primeira causa de morte no Brasil, deve-se controlar os fatores de risco, como o colesterol elevado.
Por que o colesterol aumenta?
Há dois fatores determinantes na elevação do colesterol. Um é a alteração metabólica em função do excesso na produção intrínseca de colesterol e relacionada, muitas vezes, a fatores genéticos. Outro é erro alimentar: ingestão frequente e excessiva de alimentos ricos em colesterol, como carnes vermelhas, leite integral e seus derivados, e frutas do mar.
O que é colesterol bom e ruim?
Para que o colesterol seja transportado pelo sangue é revestido por uma camada de proteínas que forma a lipoproteína. Uma é a de alta densidade, ou o HDL-colesterol, ou colesterol bom, como é popularmente conhecida, e a lipoproteína de baixa densidade, ou o LDL-colesterol, ou mau colesterol.
HDL-colesterol - colesterol bom - lipoproteína de alta densidade: ter níveis elevados de HDL-colesterol pode ajudar a minimizar os riscos de doença coronária. Por outro lado, os níveis baixos podem aumentar o risco de doença cardíaca.
LDL-Colesterol - colesterol mau - lipoproteína de baixa densidade: em excesso deposita-se nas artérias e pode estar na origem de doenças cardíacas. Quanto maior for o nível de LDL, maior é o risco de doença cardíaca. Assim, ao diminuir os níveis de LDL-colesterol, diminui o risco de ataque cardíaco.
Qual a importância do colesterol para o organismo?
O colesterol é uma substância semelhante à gordura, transportado pelo sangue para todas as células do organismo, que necessita de colesterol para o desenvolvimento das paredes celulares, bem como para o desempenho de outras funções importantes. O colesterol é produzido pelo próprio organismo e também é oriundo dos alimentos consumidos. No organismo, é produzido pelo fígado. É este órgão que produz a maioria do colesterol necessário ao organismo. Alguns alimentos fornecem quantidades adicionais, como carnes vermelhas, leite gordo, queijos amarelos, manteiga e ovos. Enquanto certas quantidades de colesterol no sangue são essenciais para a saúde, quantidades elevadas podem ser prejudiciais. Com o tempo, o colesterol em excesso pode se depositar nas paredes das artérias.
Quando o índice de colesterol passa a ser preocupante?
O nível desejado de colesterol total (soma do HDL com o LDL) é menor do que 200 miligramas por decilitro de sangue.
Quais os riscos para quem tem colesterol alto?
O principal risco é desenvolver doenças cardíacas e a evolução da doença depende de cada indivíduo, de sua qualidade de vida e da presença de outros fatores de risco.
Como se prevenir contra os altos índices de colesterol?
A prevenção está diretamente relacionada à adoção de hábitos saudáveis.
EVITE: alimentos com altos teores de gordura trans, como doces, sorvetes e biscoitos; vísceras de animais, como miolo e miúdos; leite integral e derivados, como queijo amarelo e creme de leite; frios, como presunto e salame; peles de aves; gema de ovo; frutos do mar, como lagosta e camarão; alimentos vegetais, como óleo de dendê e coco.
FAÇA: atividade física; não fumar; manter o peso ideal; manter dieta balanceada; usar gorduras insaturadas, como castanhas, abacate e azeite de oliva; comer alimentos risco em fibras, como pão integral, frutas, verduras e cereais; e consultar o médico periodicamente para acompanhar a saúde e, neste caso, o colesterol.
Como tratar o colesterol elevado?
Em alguns casos, com a adoção dos hábitos saudáveis já é possível reduzir e controlar o nível de colesterol. Porém, alguns pacientes ainda terão que fazer usos de medicamentos e, hoje, se dispõem de muitos remédios altamente eficientes. De qualquer forma, trata-se de um conjunto de ações: hábitos saudáveis de vida e medicamentos. O sucesso de um depende do outro
Por que é tão importante a prática de exercícios físicos nestes pacientes?
A prática de exercícios pode alterar a produção das enzimas que controlam os níveis de gordura no sangue. A LPL, a enzima que destrói os triglicerídeos e aumenta os níveis de colesterol-HDL, foi encontrada em quantidades elevadas entre os praticantes de exercícios aeróbicos. Além disso, a perda de gordura corporal aumentar a ação da LPL. A hepatolipase (HL) é a enzima que remove o bom colesterol, o HDL, e o destrói. Os exercícios de resistência tendem a diminuir a quantidade de HL, ajudando a aumentar o nível de HDL. Porém, por causa da hereditariedade, nem todos conseguem a mesma resposta. A atividade física pode diminuir o colesterol total, diminuir o ruim e aumentar o bom. No mínimo, deve-se fazer uma caminhada acelerada, não vale 'passo de shopping', 3 a 4 vezes por semana com 40 a 60 minutos de duração. Porém, antes de começar qualquer atividade física, a pessoa deve passar pela avaliação do médico para que o mesmo indique o exercício mais adequado a seu biotipo.
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Hipertensão arterial: doença comum e mal tratada
Estima-se que 40 milhões de brasileiros sofram de hipertensão. Desta população, metade não sabe que tem a doença, 25% sabem, mas não tratam e apenas 25% tratam adequadamente. O mais importante é que este problema, em geral, não tem sintomas. O primeiro sinal de sua existência pode ser um infarto, ou um acidente vascular cerebral.
A hipertensão arterial é um dos principais fatores de risco para doenças decorrentes de aterosclerose e da trombose, que comprometem os sistemas cardíaco, cerebral, renal e vascular periférico. É responsável por cerca de 30% dos infartos e dos acidentes vasculares cerebrais, está na origem de doenças crônico-degenerativas, que comprometem a qualidade de vida das pessoas, e suas complicações são responsáveis por alta frequência de internações.
“O clínico geral tem papel fundamental na prevenção, diagnóstico e tratamento destas doenças. Primeiro porque cerca de 40% dos pacientes que chegam ao consultório do clínico, atualmente, apresentam estas doenças. Depois porque, em geral, é o primeiro e, muitas vezes, o único profissional a ser procurado pelo paciente”, destaca o dr. Abrão José Cury Jr.
O ideal é que a hipertensão seja tratada por uma equipe multiprofissional, porém a maioria dos serviços do país não oferece o atendimento completo. Diante disso, o papel do clínico se torna ainda mais importante e abrangente. Cabe a ele oferecer ao paciente, além do tratamento médico, orientação nutricional e de atividade física, bem como apoio psicológico, já que se sabe que a maioria dos pacientes abandona o tratamento.
O coração bate 60 a 80 vezes por minuto, durante a vida, e impulsiona de 5 a 6 litros de sangue por minuto para todo o corpo. A pressão arterial é a força com a qual o coração bombeia o sangue através dos vasos e é determinada pelo volume de sangue que sai do coração e a resistência que encontra para circular no corpo. Pode ser alterada pela variação do volume ou da espessura do sangue, pelos batimentos cardíacos e pela elasticidade dos vasos.
A hipertensão é caracterizada quando a pressão arterial está acima de 140 x 90 mmHg (milímetros de mercúrio) em adultos com mais de 18 anos, medida em repouso de quinze minutos, confirmada em três vezes consecutivas e em várias visitas médicas. Às vezes, a pressão pode subir como conseqüência de atividade física, estresse, drogas, alimentos, fumo, álcool e café. A pressão é considerada normal quando a pressão sistólica (máxima) não ultrapassa 130 e a diastólica (mínima) é inferior a 85 mmHg.
A hipertensão arterial é um dos principais fatores de risco para doenças decorrentes de aterosclerose e da trombose, que comprometem os sistemas cardíaco, cerebral, renal e vascular periférico. É responsável por cerca de 30% dos infartos e dos acidentes vasculares cerebrais, está na origem de doenças crônico-degenerativas, que comprometem a qualidade de vida das pessoas, e suas complicações são responsáveis por alta frequência de internações.
“O clínico geral tem papel fundamental na prevenção, diagnóstico e tratamento destas doenças. Primeiro porque cerca de 40% dos pacientes que chegam ao consultório do clínico, atualmente, apresentam estas doenças. Depois porque, em geral, é o primeiro e, muitas vezes, o único profissional a ser procurado pelo paciente”, destaca o dr. Abrão José Cury Jr.
O ideal é que a hipertensão seja tratada por uma equipe multiprofissional, porém a maioria dos serviços do país não oferece o atendimento completo. Diante disso, o papel do clínico se torna ainda mais importante e abrangente. Cabe a ele oferecer ao paciente, além do tratamento médico, orientação nutricional e de atividade física, bem como apoio psicológico, já que se sabe que a maioria dos pacientes abandona o tratamento.
O coração bate 60 a 80 vezes por minuto, durante a vida, e impulsiona de 5 a 6 litros de sangue por minuto para todo o corpo. A pressão arterial é a força com a qual o coração bombeia o sangue através dos vasos e é determinada pelo volume de sangue que sai do coração e a resistência que encontra para circular no corpo. Pode ser alterada pela variação do volume ou da espessura do sangue, pelos batimentos cardíacos e pela elasticidade dos vasos.
A hipertensão é caracterizada quando a pressão arterial está acima de 140 x 90 mmHg (milímetros de mercúrio) em adultos com mais de 18 anos, medida em repouso de quinze minutos, confirmada em três vezes consecutivas e em várias visitas médicas. Às vezes, a pressão pode subir como conseqüência de atividade física, estresse, drogas, alimentos, fumo, álcool e café. A pressão é considerada normal quando a pressão sistólica (máxima) não ultrapassa 130 e a diastólica (mínima) é inferior a 85 mmHg.
Colesterol: medidas simples para controlar este inimigo da saúde
O Dr. Abrão José Cury Jr. fala sobre este importante fator de risco para desenvolvimento de doenças do coração, a primeira causa de morte no Brasil.
A melhor maneira de controlar o colesterol - Manter hábitos saudáveis: dieta balanceada, rica em frutas, legumes e verduras; praticar atividade física, o que ajuda a aumentar o colesterol bom e a reduzir o ruim; não fumar porque o fumo reduz o colesterol bom; e pessoas com antecedentes familiares, ou seja, cujos parentes têm histórico de colesterol elevado, devem buscar orientação médica e controlar o nível de gordura no sangue o mais cedo possível, o que pode até ser na infância.
Perigo que o colesterol alto apresenta - O colesterol elevado, especialmente a fração ruim, LDL, está relacionado ao surgimento de doenças nas artérias e ao desenvolvimento de aterosclerose que, em geral, leva à obstrução das artérias e consequentemente a outros problemas graves, como Infarto do Miocárdio e Acidente Vascular Cerebral. O importante é lembrar que o entupimento das artérias pode ocorrer em qualquer parte do organismo e, portanto, pode comprometer a irrigação sanguínea de vários órgãos, como os rins.
Idade e colesterol - O aumento do colesterol não está relacionado à idade, mas sim aos hábitos de vida, como má alimentação, sedentarismo e tabagismo, e a aspectos genéticos. Hoje, sabe-se que muitas crianças têm colesterol elevado em função de maus hábitos, como alimentação à base de fast food e salgadinhos, e atividade física substituída por horas na frente do computador, ou da televisão. Quanto mais jovem a pessoa apresenta colesterol elevado, mais jovem desenvolve doenças nas artérias.
Alimentação de quem tem colesterol elevado - A alimentação deve ser rica em carnes brancas, frango e peixes, em especial, os de água fria, como bacalhau, truta e sardinha. Também deve ser rica em frutas, verduras e legumes. As frutas secas, como avelã e nozes, também são uma boa opção, mas é preciso tomar cuidado porque são calóricas. Estudos provam que os flavonóides contidos em vinhos de boa qualidade ajudam a reduzir o colesterol ruim, mas é preciso tomar cuidado com a quantidade consumida. A soja também tem mostrado bons resultados no aumento do bom colesterol e na redução do ruim. Pessoas com colesterol elevado devem evitar gordura saturada, encontrada em carnes vermelhas, nos embutidos, pele de aves, frutos do mar (camarão, lula, ostra, lagosta, polvo e marisco), gema de ovo, frios, leite integral e derivados, biscoitos amanteigados, folhados, sorvetes cremosos e chantilly. Nos casos comprovados de problema metabólico, além destes cuidados, é necessária a administração de medicamentos, que somente o médico pode receitar.
A melhor maneira de controlar o colesterol - Manter hábitos saudáveis: dieta balanceada, rica em frutas, legumes e verduras; praticar atividade física, o que ajuda a aumentar o colesterol bom e a reduzir o ruim; não fumar porque o fumo reduz o colesterol bom; e pessoas com antecedentes familiares, ou seja, cujos parentes têm histórico de colesterol elevado, devem buscar orientação médica e controlar o nível de gordura no sangue o mais cedo possível, o que pode até ser na infância.
Perigo que o colesterol alto apresenta - O colesterol elevado, especialmente a fração ruim, LDL, está relacionado ao surgimento de doenças nas artérias e ao desenvolvimento de aterosclerose que, em geral, leva à obstrução das artérias e consequentemente a outros problemas graves, como Infarto do Miocárdio e Acidente Vascular Cerebral. O importante é lembrar que o entupimento das artérias pode ocorrer em qualquer parte do organismo e, portanto, pode comprometer a irrigação sanguínea de vários órgãos, como os rins.
Idade e colesterol - O aumento do colesterol não está relacionado à idade, mas sim aos hábitos de vida, como má alimentação, sedentarismo e tabagismo, e a aspectos genéticos. Hoje, sabe-se que muitas crianças têm colesterol elevado em função de maus hábitos, como alimentação à base de fast food e salgadinhos, e atividade física substituída por horas na frente do computador, ou da televisão. Quanto mais jovem a pessoa apresenta colesterol elevado, mais jovem desenvolve doenças nas artérias.
Alimentação de quem tem colesterol elevado - A alimentação deve ser rica em carnes brancas, frango e peixes, em especial, os de água fria, como bacalhau, truta e sardinha. Também deve ser rica em frutas, verduras e legumes. As frutas secas, como avelã e nozes, também são uma boa opção, mas é preciso tomar cuidado porque são calóricas. Estudos provam que os flavonóides contidos em vinhos de boa qualidade ajudam a reduzir o colesterol ruim, mas é preciso tomar cuidado com a quantidade consumida. A soja também tem mostrado bons resultados no aumento do bom colesterol e na redução do ruim. Pessoas com colesterol elevado devem evitar gordura saturada, encontrada em carnes vermelhas, nos embutidos, pele de aves, frutos do mar (camarão, lula, ostra, lagosta, polvo e marisco), gema de ovo, frios, leite integral e derivados, biscoitos amanteigados, folhados, sorvetes cremosos e chantilly. Nos casos comprovados de problema metabólico, além destes cuidados, é necessária a administração de medicamentos, que somente o médico pode receitar.
Bate-papo sobre saúde na terceira idade
No dia 18 de novembro de 2009, a Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Clínica Médica promoveu bate-papo sobre saúde na Terceira Idade, confira o resumo das conversas.
Prevenção da Doença de Alzheimer:
Atividade física, alimentação saudável, exercícios mentais e não fumar.
Memória:
Se a pessoa tem queixas relacionadas à memória, pode recorrer um neurologista ou geriatra para avaliar a falha de memória, que pode ser falta de atenção ou alguma doença.
O normal com a idade é ter uma lentificação do raciocínio, mas a capacidade de memória perdura até o fim da vida.
Algumas causas de perda de memória podem ser tratadas e são reversíveis, como alteração de tireóide, depressão e deficiência de vitaminas. Assim como tem causas irreversíveis, como Alzheimer, Doença de Lewi, doença cérebro vascular e outras.
Novidades no tratamento da artrose:
Medicamentos via oral que refazem o colágeno e alguns aparelhos de fisioterapia para fortalecimento muscular.
Prevenção da Doença de Alzheimer:
Atividade física, alimentação saudável, exercícios mentais e não fumar.
Memória:
Se a pessoa tem queixas relacionadas à memória, pode recorrer um neurologista ou geriatra para avaliar a falha de memória, que pode ser falta de atenção ou alguma doença.
O normal com a idade é ter uma lentificação do raciocínio, mas a capacidade de memória perdura até o fim da vida.
Algumas causas de perda de memória podem ser tratadas e são reversíveis, como alteração de tireóide, depressão e deficiência de vitaminas. Assim como tem causas irreversíveis, como Alzheimer, Doença de Lewi, doença cérebro vascular e outras.
Novidades no tratamento da artrose:
Medicamentos via oral que refazem o colágeno e alguns aparelhos de fisioterapia para fortalecimento muscular.
Distúrbios da tireóide são subestimados e podem matar
Os distúrbios da Tireoide - Câncer, Hipotireoidismo e Hipertireoidismo - são pouco valorizados por pacientes e médicos e, muitas vezes, seus sintomas são confundidos com os de outras doenças. Porém, quando não tratados, podem gerar problemas ainda mais graves e levar à morte.
Os sintomas do Hipertireoidismo podem ser alterações emocionais, como agitação, insônia, falta de apetite e emagrecimento. No idoso, pode provocar importante descompensação cardíaca, chegando à Insuficiência - último estágio das doenças do coração. O Hipotireoidismo leva ao enfraquecimento físico e mental, gerando lentidão de comportamento, sonolência e quadro depressivo. A redução do metabolismo pode levar ao coma e à morte.
A glândula Tireoide fica na região do pescoço, é responsável pelo equilíbrio do metabolismo humano e seus distúrbios podem surgir na infância. Em geral, não há como preveni-los e podem ser confundidos com outras doenças. Diante disso, o importante é passar periodicamente pela avaliação do médico.
O diagnóstico é simples. O médico deve pedir exames laboratoriais, apalpar a Tireóide para detectar alterações e confirmar qualquer suspeita com a ultra-sonografia. Nos exames, é necessário dosar o TSH, estimulante da Tireóide fabricado pela Hipófise, glândula que fica no cérebro, e o hormônio T4, produzido pela própria Tireóide.
O tratamento também é simples. No Hipotireoidismo, o paciente toma remédios que compensam a falta de hormônios. No Hipertireoidismo, toma medicamentos que bloqueiam a produção excessiva de hormônios e alguns casos podem ser tratados com cirurgia. No caso de câncer da Tireóide, o diagnóstico precoce permite que o tratamento tenha total sucesso.
Por: Dr. Abrão José Cury Jr., diretor da Regional da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, médico assistente da Universidade Federal de São Paulo e cardiologista do Hospital do Coração.
Os sintomas do Hipertireoidismo podem ser alterações emocionais, como agitação, insônia, falta de apetite e emagrecimento. No idoso, pode provocar importante descompensação cardíaca, chegando à Insuficiência - último estágio das doenças do coração. O Hipotireoidismo leva ao enfraquecimento físico e mental, gerando lentidão de comportamento, sonolência e quadro depressivo. A redução do metabolismo pode levar ao coma e à morte.
A glândula Tireoide fica na região do pescoço, é responsável pelo equilíbrio do metabolismo humano e seus distúrbios podem surgir na infância. Em geral, não há como preveni-los e podem ser confundidos com outras doenças. Diante disso, o importante é passar periodicamente pela avaliação do médico.
O diagnóstico é simples. O médico deve pedir exames laboratoriais, apalpar a Tireóide para detectar alterações e confirmar qualquer suspeita com a ultra-sonografia. Nos exames, é necessário dosar o TSH, estimulante da Tireóide fabricado pela Hipófise, glândula que fica no cérebro, e o hormônio T4, produzido pela própria Tireóide.
O tratamento também é simples. No Hipotireoidismo, o paciente toma remédios que compensam a falta de hormônios. No Hipertireoidismo, toma medicamentos que bloqueiam a produção excessiva de hormônios e alguns casos podem ser tratados com cirurgia. No caso de câncer da Tireóide, o diagnóstico precoce permite que o tratamento tenha total sucesso.
Por: Dr. Abrão José Cury Jr., diretor da Regional da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, médico assistente da Universidade Federal de São Paulo e cardiologista do Hospital do Coração.
Tese relaciona atendimentos de emergência com aumento da poluição
A poluição do ar na cidade de São Paulo está relacionada ao aumento no atendimento de crises hipertensivas em unidades de emergência, ou seja, a maior concentração de poluentes atmosféricos, especialmente liberados pelos automóveis, pode afetar e elevar de forma significativa a pressão arterial das pessoas, principalmente as mais susceptíveis e as com mais de 60 anos de idade.
Esta é a principal conclusão da tese Efeitos da Poluição Atmosférica na Freqüência de Atendimentos por Hipertensão Arterial em Unidade de Emergência na Cidade de São Paulo, desenvolvida pelo Dr. Abrão José Cury Jr., diretor da Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, médico assistente da Universidade Federal de São Paulo e cardiologista do Hospital do Coração.
O estudo foi realizado entre fevereiro de 2001 e dezembro de 2003, envolvendo 16.573 pacientes, sendo 11.070 mulheres e 5.503 homens, atendidos no pronto-socorro do Hospital São Paulo da Universidade Federal de São Paulo com crise hipertensiva. Os dados sobre o atendimento foram comparados às informações sobre a poluição ambiental fornecidas pela Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental (CETESB).
O clínico geral e cardiologista Abrão José Cury Jr explica que o estudo mostra que o aumento da concentração de Óxido de Nitrogênio, de Monóxido de Carbono e de Dióxido de Enxofre no ar, partículas liberadas principalmente pelos carros, afeta significativamente as pessoas, em especial as que têm alguma doença, e os idosos, podendo levar ao aumento da pressão arterial e à crise hipertensiva, importante fator de complicações médicas.
É importante destacar que a hipertensão arterial, ou pressão alta como é conhecida, é o principal fator de risco para as doenças cardiovasculares, como Infarto do Miocárdio, Acidente Vascular Cerebral e Miocardiopatia Congestiva, está diretamente ligada a hemorragias e embolias cerebrais e compromete vários órgãos em função das lesões que se instalam no sistema arterial.
“Essas doenças somadas são a principal causa de morte no Brasil. Também se deve destacar que, em alguns casos, a hipertensão é subestimada como causa de óbito. O melhor exemplo é considerar a hemorragia cerebral como causa de morte. Em geral, a hipertensão desencadeia a hemorragia”, finaliza o Dr. Abrão José Cury Jr.
Esta é a principal conclusão da tese Efeitos da Poluição Atmosférica na Freqüência de Atendimentos por Hipertensão Arterial em Unidade de Emergência na Cidade de São Paulo, desenvolvida pelo Dr. Abrão José Cury Jr., diretor da Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, médico assistente da Universidade Federal de São Paulo e cardiologista do Hospital do Coração.
O estudo foi realizado entre fevereiro de 2001 e dezembro de 2003, envolvendo 16.573 pacientes, sendo 11.070 mulheres e 5.503 homens, atendidos no pronto-socorro do Hospital São Paulo da Universidade Federal de São Paulo com crise hipertensiva. Os dados sobre o atendimento foram comparados às informações sobre a poluição ambiental fornecidas pela Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental (CETESB).
O clínico geral e cardiologista Abrão José Cury Jr explica que o estudo mostra que o aumento da concentração de Óxido de Nitrogênio, de Monóxido de Carbono e de Dióxido de Enxofre no ar, partículas liberadas principalmente pelos carros, afeta significativamente as pessoas, em especial as que têm alguma doença, e os idosos, podendo levar ao aumento da pressão arterial e à crise hipertensiva, importante fator de complicações médicas.
É importante destacar que a hipertensão arterial, ou pressão alta como é conhecida, é o principal fator de risco para as doenças cardiovasculares, como Infarto do Miocárdio, Acidente Vascular Cerebral e Miocardiopatia Congestiva, está diretamente ligada a hemorragias e embolias cerebrais e compromete vários órgãos em função das lesões que se instalam no sistema arterial.
“Essas doenças somadas são a principal causa de morte no Brasil. Também se deve destacar que, em alguns casos, a hipertensão é subestimada como causa de óbito. O melhor exemplo é considerar a hemorragia cerebral como causa de morte. Em geral, a hipertensão desencadeia a hemorragia”, finaliza o Dr. Abrão José Cury Jr.
Síndrome Metabólica: porta para doenças graves
“Hipertensão arterial, resistência à insulina, disglicemia, dislipidemia, inflamação vascular e estado protrombótico são consideradas seqüelas da gordura abdominal e caracterizam a Síndrome Metabólica”, explica o Dr. Roberto Raduan, presidente da Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Clínica Médica.
É possível prevenir, ou retardar, o desenvolvimento da Síndrome Metabólica através da adoção de um estilo de vida saudável, que deve incluir dieta equilibrada, atividade física regular e acompanhamento médico para controlar outros aspectos da saúde, como pressão arterial e níveis de açúcar e gorduras no sangue.
É importante que o Clínico Geral esteja preparado para reconhecer e tratar a Síndrome Metabólica porque seu papel vem se tornando cada vez mais importante e abrangente. Cabe a este profissional avaliar o paciente como um todo, fazer o diagnóstico, orientar e acompanhar o tratamento. Se necessário, encaminhar a um especialista, mas muitas vezes é o único médico ao qual o paciente tem acesso.
A acompanhamento de nutricionista, psicólogo, educador físico e outros profissionais da saúde também é importante para o sucesso do tratamento. Apesar da maioria dos serviços de saúde reconhecer a importância do tratamento multiprofissional, na prática, poucos o oferecem, até por limitações financeiras. Diante disso, fica nas mãos do Clínico Geral a orientação psicológica e nutricional, além do atendimento médico propriamente dito.
É possível prevenir, ou retardar, o desenvolvimento da Síndrome Metabólica através da adoção de um estilo de vida saudável, que deve incluir dieta equilibrada, atividade física regular e acompanhamento médico para controlar outros aspectos da saúde, como pressão arterial e níveis de açúcar e gorduras no sangue.
É importante que o Clínico Geral esteja preparado para reconhecer e tratar a Síndrome Metabólica porque seu papel vem se tornando cada vez mais importante e abrangente. Cabe a este profissional avaliar o paciente como um todo, fazer o diagnóstico, orientar e acompanhar o tratamento. Se necessário, encaminhar a um especialista, mas muitas vezes é o único médico ao qual o paciente tem acesso.
A acompanhamento de nutricionista, psicólogo, educador físico e outros profissionais da saúde também é importante para o sucesso do tratamento. Apesar da maioria dos serviços de saúde reconhecer a importância do tratamento multiprofissional, na prática, poucos o oferecem, até por limitações financeiras. Diante disso, fica nas mãos do Clínico Geral a orientação psicológica e nutricional, além do atendimento médico propriamente dito.
Pressão baixa pode ser sintoma de doença grave
Apesar de ser comum, especialmente, no calor, as pessoas atribuírem algum mal-estar à pressão baixa e comer sal para normalizar a pressão, em geral, o diagnóstico está errado e comer sal não resolve nada, ou pior, pode ser perigoso. Além disso, se a pessoa freqüentemente sente mal-estar, deve recorrer a um médico isso é sintoma de várias doenças graves.
A pressão arterial normal é 12x8, como se fala popularmente. Para ser considerada baixa, deve ficar próxima a 9x6 e a pessoa deve apresentar alguns sintomas, como tontura, mal-estar, palidez, sensação de cansaço, podendo até desmaiar. “A redução do fluxo sangüíneo nas artérias leva à deficiência de sangue no cérebro e à queda da pressão”, explica o Dr. Abrão José Cury Jr., diretor da Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, médico assistente da Universidade Federal de São Paulo e cardiologista do Hospital do Coração.
Porém, não existe uma doença definida como pressão baixa, mas se a pessoa tem queda de pressão com freqüência deve investigar porque pode ser sintoma de outras doenças, como deficiência na produção de cortisol, problema na supra-renal e disautonomia vagal (elevação ou redução da frequência cardíaca com redução da pressão arterial).
Pessoas com insuficiência cardíaca em estágio avançado têm dificuldades para manter a pressão arterial estável. Infecções também podem ser responsáveis por queda de pressão. Remédios para emagrecer, compostos por diuréticos e laxantes, podem provocar perda de líquido, o que leva à queda da pressão. A causa mais simples da queda de pressão é a desidratação, provocada pela perda de água e de eletrólitos através do suor, somada a vasodilatação, causada pelo calor.
Pessoas com mais de 60 anos com freqüência têm problemas circulatórios, cujos sintomas podem ser confundidos com queda de pressão. Alguns remédios para hipertensão provocam mal-estar, também confundido com pressão baixa, principalmente, quando se levanta rapidamente.
A pressão baixa pode ser perigosa quando provocada por problemas graves, como infarto do miocárdio, embolia pulmonar, desidratação, hemorragia, podendo até chegar à morte. De qualquer forma, deve-se procurar o médico para descartar doenças graves e para saber quais medidas adotar para evitar o mal-estar.
O Dr. Abrão orienta: “Quando houver queda de pressão, a pessoa deve ficar deitada com a barriga para cima. Se estiver vomitando, deve ficar de lado. Se não estiver vomitando, deve ingerir líquidos, como água, isotônicos e soro caseiro, e se alimentar bem. Comer sal não é bom, apesar de ser um hábito muito difundido, pode não adiantar nada e, dependendo do problema de saúde da pessoa, pode até ser perigoso”.
A pressão arterial normal é 12x8, como se fala popularmente. Para ser considerada baixa, deve ficar próxima a 9x6 e a pessoa deve apresentar alguns sintomas, como tontura, mal-estar, palidez, sensação de cansaço, podendo até desmaiar. “A redução do fluxo sangüíneo nas artérias leva à deficiência de sangue no cérebro e à queda da pressão”, explica o Dr. Abrão José Cury Jr., diretor da Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, médico assistente da Universidade Federal de São Paulo e cardiologista do Hospital do Coração.
Porém, não existe uma doença definida como pressão baixa, mas se a pessoa tem queda de pressão com freqüência deve investigar porque pode ser sintoma de outras doenças, como deficiência na produção de cortisol, problema na supra-renal e disautonomia vagal (elevação ou redução da frequência cardíaca com redução da pressão arterial).
Pessoas com insuficiência cardíaca em estágio avançado têm dificuldades para manter a pressão arterial estável. Infecções também podem ser responsáveis por queda de pressão. Remédios para emagrecer, compostos por diuréticos e laxantes, podem provocar perda de líquido, o que leva à queda da pressão. A causa mais simples da queda de pressão é a desidratação, provocada pela perda de água e de eletrólitos através do suor, somada a vasodilatação, causada pelo calor.
Pessoas com mais de 60 anos com freqüência têm problemas circulatórios, cujos sintomas podem ser confundidos com queda de pressão. Alguns remédios para hipertensão provocam mal-estar, também confundido com pressão baixa, principalmente, quando se levanta rapidamente.
A pressão baixa pode ser perigosa quando provocada por problemas graves, como infarto do miocárdio, embolia pulmonar, desidratação, hemorragia, podendo até chegar à morte. De qualquer forma, deve-se procurar o médico para descartar doenças graves e para saber quais medidas adotar para evitar o mal-estar.
O Dr. Abrão orienta: “Quando houver queda de pressão, a pessoa deve ficar deitada com a barriga para cima. Se estiver vomitando, deve ficar de lado. Se não estiver vomitando, deve ingerir líquidos, como água, isotônicos e soro caseiro, e se alimentar bem. Comer sal não é bom, apesar de ser um hábito muito difundido, pode não adiantar nada e, dependendo do problema de saúde da pessoa, pode até ser perigoso”.
Pequenos mal-estares, grandes doenças
Alguns brasileiros têm o perigoso costume de diante de uma dor suportável, ou de um mal-estar, concluir que não é nada grave, que é passageiro, e freqüentemente, recorrem à outra solução ainda mais perigosa, a automedicação, que pode até aliviar, ou “mascarar”, temporariamente a situação. As pessoas “empurram com a barriga” pequenos problemas, que podem ser sintoma de doença grave, ou podem evoluir para uma doença grave.
O Dr. Abrão José Cury Jr., diretor da Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, médico assistente da Universidade Federal de São Paulo e Cardiologista do Hospital do Coração, recomenda sempre que uma dor, ou um mal-estar, como “queimação” no estômago, dor de cabeça e tontura, apareçam com freqüência, à pessoa deve procurar um médico para fazer o diagnóstico preciso e evitar complicações.
Pequenos problemas que podem se transformar em grandes doenças:
Ronco pode ser sintoma de distúrbio do sono, que provoca cansaço, sonolência, dores musculares, queda de rendimento e acidentes. Quando o distúrbio do sono ronco não é tratado pode evoluir para hipertensão e arritmia cardíaca.
Tontura pode ser provocada por várias situações: medicamentos, labirintite, insuficiência cardíaca, anemia, problemas com a circulação cerebral, disautonomia - descompasso entre capacidade vascular, pressão arterial e freqüência cardíaca -, altas temperaturas, alterações hormonais, falta ou excesso de açúcar no sangue, consumo excessivo de bebida alcoólica e situações emocionais. Às vezes, o pior vem depois: a pessoa tem tontura, perde o equilíbrio, bate a cabeça e tem traumatismo craniano.
Hipertensão, em geral, não tem sintomas e está diretamente ligada ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como infarto e insuficiência cardíaca, hemorragias e embolias cerebrais, além de comprometer outros órgãos, em função das lesões que se instalam no sistema arterial.
“Queimação” no estômago e azia, em geral, são provocadas pelo refluxo do suco gástrico, em geral, causado por uma hérnia de hiato. Além de ser confundido com outros problemas, como infarto, pode predispor ao câncer de esôfago.
Manchas na pele podem ser alergias simples, mas também podem ser sintoma de câncer ou hanseníase, popularmente conhecida como lepra.
Pressão baixa pode ser sintoma de desidratação, infecção, deficiência na produção de cortisol, problema na supra-renal e disautonomia. Também pode ser provocada por infarto do miocárdio, embolia pulmonar, hemorragia, podendo até chegar à morte.
Mudanças de comportamento, como deixar de atender ao telefone, negligenciar sua higiene, se isolar, sintomas físicos e medo de sair de casa podem ser depressão e a ansiedade, apontadas pela OMS - Organização Mundial da Saúde como duas das principais causas de doenças cardiovasculares, hipertensão, infarto, câncer e doenças imunológicas. A maioria destes doentes, 80%, chega ao consultório do clínico geral com queixas físicas, como dor de estômago, problemas de pele e infecções de repetição.
Alterações físicas, como pés e mãos frios, distúrbios de concentração e raciocínio, dificuldades de memória, mudanças de comportamento, reações emocionais alteradas, como comover se facilmente, podem ser desencadeadas pelo estresse. Se não tratado, pode levar à exacerbação desses sintomas e ao aparecimento de doenças cardiovasculares, gastrointestinais, respiratórias, dermatológicas, musculares, emocionais e outras.
Sobrepeso deixa os indivíduos susceptíveis a desenvolver doenças. A obesidade é reconhecida pela OMS - Organização Mundial de Saúde como doença e é fator de risco para doenças cardiovasculares, hipertensão, colesterol elevado e diabetes. É a principal causa de diabetes e triplica as chances de desenvolver a doença. Também é importante fator de risco para hipertensão, para dislipidemia, aumentando colesterol, triglicérides e reduzindo a fração boa do colesterol. Outras doenças também estão associadas à obesidade, como algumas formas de câncer, doenças respiratórias, cálculo biliar e doenças ósteo-articulares. Existe ainda o aspecto psicológico, relacionado a estigmatização do obeso, o que leva a quadros depressivos, diminuição da auto-estima e do relacionamento social.
Dor de cabeça pode ser conseqüência de tensão muscular causada pela disfunção de ATM – Articulação Temporomandibular, como oclusão dentária, mudança na mordida e bruxismo. Também pode ser provocada por problemas de visão porque, quando uma pessoa tem dificuldades para enxergar, força os músculos dos olhos, o que provoca dor de cabeça. A gripe é uma doença sistêmica, que pode provocar infecção na região frontal da cabeça – sinusite - e a dor de cabeça pode fazer parte do quadro. Tumores, privação do sono, problemas emocionais e neurológicos também podem provocar dor de cabeça.
Vale destacar que problemas simples podem se agravar com o uso de medicamentos impróprios. “É importante que as pessoas cuidem melhor da saúde e valorizem o conhecimento médico”, finaliza o Dr. Abrão José Cury Jr.
O Dr. Abrão José Cury Jr., diretor da Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, médico assistente da Universidade Federal de São Paulo e Cardiologista do Hospital do Coração, recomenda sempre que uma dor, ou um mal-estar, como “queimação” no estômago, dor de cabeça e tontura, apareçam com freqüência, à pessoa deve procurar um médico para fazer o diagnóstico preciso e evitar complicações.
Pequenos problemas que podem se transformar em grandes doenças:
Ronco pode ser sintoma de distúrbio do sono, que provoca cansaço, sonolência, dores musculares, queda de rendimento e acidentes. Quando o distúrbio do sono ronco não é tratado pode evoluir para hipertensão e arritmia cardíaca.
Tontura pode ser provocada por várias situações: medicamentos, labirintite, insuficiência cardíaca, anemia, problemas com a circulação cerebral, disautonomia - descompasso entre capacidade vascular, pressão arterial e freqüência cardíaca -, altas temperaturas, alterações hormonais, falta ou excesso de açúcar no sangue, consumo excessivo de bebida alcoólica e situações emocionais. Às vezes, o pior vem depois: a pessoa tem tontura, perde o equilíbrio, bate a cabeça e tem traumatismo craniano.
Hipertensão, em geral, não tem sintomas e está diretamente ligada ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como infarto e insuficiência cardíaca, hemorragias e embolias cerebrais, além de comprometer outros órgãos, em função das lesões que se instalam no sistema arterial.
“Queimação” no estômago e azia, em geral, são provocadas pelo refluxo do suco gástrico, em geral, causado por uma hérnia de hiato. Além de ser confundido com outros problemas, como infarto, pode predispor ao câncer de esôfago.
Manchas na pele podem ser alergias simples, mas também podem ser sintoma de câncer ou hanseníase, popularmente conhecida como lepra.
Pressão baixa pode ser sintoma de desidratação, infecção, deficiência na produção de cortisol, problema na supra-renal e disautonomia. Também pode ser provocada por infarto do miocárdio, embolia pulmonar, hemorragia, podendo até chegar à morte.
Mudanças de comportamento, como deixar de atender ao telefone, negligenciar sua higiene, se isolar, sintomas físicos e medo de sair de casa podem ser depressão e a ansiedade, apontadas pela OMS - Organização Mundial da Saúde como duas das principais causas de doenças cardiovasculares, hipertensão, infarto, câncer e doenças imunológicas. A maioria destes doentes, 80%, chega ao consultório do clínico geral com queixas físicas, como dor de estômago, problemas de pele e infecções de repetição.
Alterações físicas, como pés e mãos frios, distúrbios de concentração e raciocínio, dificuldades de memória, mudanças de comportamento, reações emocionais alteradas, como comover se facilmente, podem ser desencadeadas pelo estresse. Se não tratado, pode levar à exacerbação desses sintomas e ao aparecimento de doenças cardiovasculares, gastrointestinais, respiratórias, dermatológicas, musculares, emocionais e outras.
Sobrepeso deixa os indivíduos susceptíveis a desenvolver doenças. A obesidade é reconhecida pela OMS - Organização Mundial de Saúde como doença e é fator de risco para doenças cardiovasculares, hipertensão, colesterol elevado e diabetes. É a principal causa de diabetes e triplica as chances de desenvolver a doença. Também é importante fator de risco para hipertensão, para dislipidemia, aumentando colesterol, triglicérides e reduzindo a fração boa do colesterol. Outras doenças também estão associadas à obesidade, como algumas formas de câncer, doenças respiratórias, cálculo biliar e doenças ósteo-articulares. Existe ainda o aspecto psicológico, relacionado a estigmatização do obeso, o que leva a quadros depressivos, diminuição da auto-estima e do relacionamento social.
Dor de cabeça pode ser conseqüência de tensão muscular causada pela disfunção de ATM – Articulação Temporomandibular, como oclusão dentária, mudança na mordida e bruxismo. Também pode ser provocada por problemas de visão porque, quando uma pessoa tem dificuldades para enxergar, força os músculos dos olhos, o que provoca dor de cabeça. A gripe é uma doença sistêmica, que pode provocar infecção na região frontal da cabeça – sinusite - e a dor de cabeça pode fazer parte do quadro. Tumores, privação do sono, problemas emocionais e neurológicos também podem provocar dor de cabeça.
Vale destacar que problemas simples podem se agravar com o uso de medicamentos impróprios. “É importante que as pessoas cuidem melhor da saúde e valorizem o conhecimento médico”, finaliza o Dr. Abrão José Cury Jr.
A escolha do médico e a primeira consulta
A má conduta de alguns profissionais tem levado as pessoas a se perguntarem como escolher um médico. Não há fórmula milagrosa, mas o dr. Abrão José Cury Jr, presidente da Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, professor assistente da Universidade Federal de São Paulo e Cardiologista do Hospital do Coração, dá orientações básicas:
1. O primeiro médico deve ser o pediatra. A partir da 1a menstruação, as meninas devem consultar o ginecologista, e os meninos, por volta dos 15 anos, o clínico geral em caso de doença e, quando necessário, para avaliação médica visando a prática de exercício físico.
2. Se não tiver pediatra, o primeiro médico deve ser um clínico geral, capacitado a pedir exames, a tratar muitas doenças e a encaminhar para o especialista. Às vezes, uma dor nas costas pode ser tratada por um ortopedista, mas pode ser reflexo de cólica de rim e, neste caso, deve ser tratada por outro especialista. Além disso, passar por vários médicos, até chegar ao especialista certo, provoca desgaste emocional e perda de tempo em iniciar o tratamento.
3.A recomendação de amigos ou parentes deve ser considerada, assim como o vínculo do médico com serviços de saúde e sociedades médicas, o que mostra, neste caso, sua preocupação em manter-se atualizado profissionalmente.
4.Se o médico, a clínica, ou hospital estão sendo procurados para cirurgia ou outro procedimento invasivo, é importante certificar-se de que há estrutura de atendimento a emergência, como suporte de oxigênio, e equipe de apoio, por exemplo, anestesista.
5.Também é importante que a pessoa saiba quem procurar na ausência de seu médico, especialmente pacientes com doenças crônicas ou em tratamento, e para onde pode ser levado em caso de emergência.
6.Infelizmente, muitas pessoas recorrem a emergência para resolver seus problemas de saúde. Isso é um erro. Em geral, no pronto socorro, trata-se os sintomas da doença e não a causa. É importante que o paciente procure a emergência só em casos de grande desconforto físico e que, mesmo nestas situações, procure um médico e dê continuidade ao tratamento no consultório ou no ambulatório.
Consulta médica: conte tudo ao médico, até hábitos ilícitos
A primeira consulta é importante para chegar rapidamente a um diagnóstico e iniciar o tratamento. Diante disso, o dr. Abrão José Cury Jr. destaca o que deve ser contado para o médico, mesmo que ele não pergunte:
1.O paciente não deve se censurar, deve contar tudo o que está sentindo e fatos que alteraram sua vida, mesmo que não pareçam estar relacionados à doença, como perda de emprego, morte na família e outros.
2.É importante lembrar que o médico não é um censor e nem um policial. Além disso, o que é dito no consultório é sigiloso. Portanto, o paciente não deve omitir hábitos, mesmo que ilícitos, como o uso de drogas.
3.Está confirmado que muitas doenças são genéticas. Diante disso, o paciente deve relatar antecedentes familiares, não apenas relacionados com pai e mãe.
4.Também é importante contar problemas de saúde anteriores e outras doenças, como pressão alta, hábitos intestinais, infarto, depressão e outros.
5.Todo paciente tem o direito de saber quais exames deve fazer e porque.
6.Também deve saber qual foi o diagnóstico e como será o tratamento.
7.Deve conhecer ainda os riscos e as opções de tratamento, bem como as facilidades e limitações do serviço de saúde no qual está sendo tratado.
8.Tem direito a uma segunda opinião. Até para sua tranqüilidade, o próprio médico deve indicar outro profissional para confirmar a opinião.
9.Pessoas nervosas devem ser acompanhadas nas consultas, para evitar que esqueçam de contar algo e para lembrá-las das orientações médicas.
“O ideal é que o paciente consulte freqüentemente com o mesmo médico, transformando-o em “seu” médico, se possível, da família”, alerta o dr. Abrão. Desta forma, o profissional conhece melhor o paciente, pode atuar na prevenção, ou no adiamento do surgimento de doenças hereditárias, como diabetes e hipertensão, agiliza o atendimento e, o mais importante, fortalece a relação de confiança entre médico e paciente.
1. O primeiro médico deve ser o pediatra. A partir da 1a menstruação, as meninas devem consultar o ginecologista, e os meninos, por volta dos 15 anos, o clínico geral em caso de doença e, quando necessário, para avaliação médica visando a prática de exercício físico.
2. Se não tiver pediatra, o primeiro médico deve ser um clínico geral, capacitado a pedir exames, a tratar muitas doenças e a encaminhar para o especialista. Às vezes, uma dor nas costas pode ser tratada por um ortopedista, mas pode ser reflexo de cólica de rim e, neste caso, deve ser tratada por outro especialista. Além disso, passar por vários médicos, até chegar ao especialista certo, provoca desgaste emocional e perda de tempo em iniciar o tratamento.
3.A recomendação de amigos ou parentes deve ser considerada, assim como o vínculo do médico com serviços de saúde e sociedades médicas, o que mostra, neste caso, sua preocupação em manter-se atualizado profissionalmente.
4.Se o médico, a clínica, ou hospital estão sendo procurados para cirurgia ou outro procedimento invasivo, é importante certificar-se de que há estrutura de atendimento a emergência, como suporte de oxigênio, e equipe de apoio, por exemplo, anestesista.
5.Também é importante que a pessoa saiba quem procurar na ausência de seu médico, especialmente pacientes com doenças crônicas ou em tratamento, e para onde pode ser levado em caso de emergência.
6.Infelizmente, muitas pessoas recorrem a emergência para resolver seus problemas de saúde. Isso é um erro. Em geral, no pronto socorro, trata-se os sintomas da doença e não a causa. É importante que o paciente procure a emergência só em casos de grande desconforto físico e que, mesmo nestas situações, procure um médico e dê continuidade ao tratamento no consultório ou no ambulatório.
Consulta médica: conte tudo ao médico, até hábitos ilícitos
A primeira consulta é importante para chegar rapidamente a um diagnóstico e iniciar o tratamento. Diante disso, o dr. Abrão José Cury Jr. destaca o que deve ser contado para o médico, mesmo que ele não pergunte:
1.O paciente não deve se censurar, deve contar tudo o que está sentindo e fatos que alteraram sua vida, mesmo que não pareçam estar relacionados à doença, como perda de emprego, morte na família e outros.
2.É importante lembrar que o médico não é um censor e nem um policial. Além disso, o que é dito no consultório é sigiloso. Portanto, o paciente não deve omitir hábitos, mesmo que ilícitos, como o uso de drogas.
3.Está confirmado que muitas doenças são genéticas. Diante disso, o paciente deve relatar antecedentes familiares, não apenas relacionados com pai e mãe.
4.Também é importante contar problemas de saúde anteriores e outras doenças, como pressão alta, hábitos intestinais, infarto, depressão e outros.
5.Todo paciente tem o direito de saber quais exames deve fazer e porque.
6.Também deve saber qual foi o diagnóstico e como será o tratamento.
7.Deve conhecer ainda os riscos e as opções de tratamento, bem como as facilidades e limitações do serviço de saúde no qual está sendo tratado.
8.Tem direito a uma segunda opinião. Até para sua tranqüilidade, o próprio médico deve indicar outro profissional para confirmar a opinião.
9.Pessoas nervosas devem ser acompanhadas nas consultas, para evitar que esqueçam de contar algo e para lembrá-las das orientações médicas.
“O ideal é que o paciente consulte freqüentemente com o mesmo médico, transformando-o em “seu” médico, se possível, da família”, alerta o dr. Abrão. Desta forma, o profissional conhece melhor o paciente, pode atuar na prevenção, ou no adiamento do surgimento de doenças hereditárias, como diabetes e hipertensão, agiliza o atendimento e, o mais importante, fortalece a relação de confiança entre médico e paciente.
Obesidade é doença, não existe gordo saudável
Dez passos para começar a combater a obesidade
Dez dicas para que o obeso se sentir melhor e começar a combater essa doença que abre as portas do organismo para outras doenças.
1. Preocupe-se com sua saúde, mais do que com seu aspecto estético.
2. Não sucumba às promessas de medicamentos mágicos, de dietas milagrosas e equipamentos de ginástica que trabalham por você.
3. Medicamentos com hormônio tireoidiano, estimulantes, inibidores de apetite, diuréticos, laxantes, tranqüilizantes e antidepressivos, usados em conjunto para emagrecer, são prejudiciais à saúde. Quando unidos a dietas milagrosas são catastróficos. Podem provocar fraqueza, desmaios, palpitação, infarto, redução da resistência, sincopes e mal-estar súbito.
4. Comece passando por uma consulta médica. Através do exame clínico, o médico avalia sua condição física e sua saúde. Só o médico está habilitado a indicar o tratamento adequado para perder peso, o que pode incluir medicamentos.
5. Um profissional da saúde, como um educador físico, deve ser consultado para que indique a atividade física adequada a seu biofísico.
6. Procure uma nutricionista para desenvolver um plano alimentar adequado às suas características e necessidades.
7. No início, sem exageros e respeitando seus limites, a pessoa deve deixar mais o carro em casa e andar mais à pé. Troque o elevador por alguns lances de escadas.
8. Evite alimentos gordurosos, doces e fast food. Nas refeições, prefira legumes, verduras e frutas.
9. Mantenha-se hidratado, através do consumo de água frequentemente.
10. Finalmente, entenda que o importante não é chegar ao peso ideal, mas ficar nele pelo resto da vida. Isso exige a adoção de hábitos saudáveis para sempre.
Estima-se que, no Brasil, cerca de 40% da população está acima do peso ou é obesa. A obesidade é reconhecida pela OMS - Organização Mundial de Saúde como doença grave, que atinge proporções epidêmicas no mundo, e é fator de risco para doenças cardiovasculares, hipertensão, colesterol elevado e diabetes. Até mesmo graus menores de sobrepeso podem levar indivíduos susceptíveis a desenvolver doenças.
A obesidade é a principal causa de diabetes e triplica as chances de desenvolver a doença. Pessoas não diabéticas, mas com antecedentes familiares, podem prevenir, ou retardar o aparecimento da diabetes, perdendo peso. Quando a doença já está estabelecida, emagrecer pode reduzir a necessidade de medicação.
Também é importante fator de risco para hipertensão, estima-se que a obesidade seja responsável por um terço dos casos. O risco de ser hipertenso aumenta 50% em pessoas com sobrepeso. Perder dez quilos reduz em 26% o risco de ter pressão alta. Para o tratamento, o hipertenso deve chegar ao peso ideal.
A obesidade é ainda fator de risco para dislipidemia, aumentando colesterol, triglicérides e reduzindo a fração boa do colesterol. A perda de peso reduz o nível de gordura no sangue e o risco cardiovascular.
Outras doenças também estão associadas à obesidade, como algumas formas de câncer, doenças respiratórias, cálculo biliar e doenças ósteo-articulares. Existe ainda o aspecto psicológico, relacionado a estigmatização do obeso, o que leva a quadros depressivos, diminuição da auto estima e do relacionamento social.
A prevenção da obesidade passa por ações educativas, controle da propaganda de alimentos não saudáveis, reciclagem de profissionais de saúde, apoio à produção e comercialização de alimentos saudáveis e planejamento urbano, privilegiando o deslocamento a pé e criando áreas para pratica de atividades físicas.
Por: Dr. Abrão José Cury Jr., diretor da Regional da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, médico assistente da Universidade Federal de São Paulo e cardiologista do Hospital do Coração.
Dez dicas para que o obeso se sentir melhor e começar a combater essa doença que abre as portas do organismo para outras doenças.
1. Preocupe-se com sua saúde, mais do que com seu aspecto estético.
2. Não sucumba às promessas de medicamentos mágicos, de dietas milagrosas e equipamentos de ginástica que trabalham por você.
3. Medicamentos com hormônio tireoidiano, estimulantes, inibidores de apetite, diuréticos, laxantes, tranqüilizantes e antidepressivos, usados em conjunto para emagrecer, são prejudiciais à saúde. Quando unidos a dietas milagrosas são catastróficos. Podem provocar fraqueza, desmaios, palpitação, infarto, redução da resistência, sincopes e mal-estar súbito.
4. Comece passando por uma consulta médica. Através do exame clínico, o médico avalia sua condição física e sua saúde. Só o médico está habilitado a indicar o tratamento adequado para perder peso, o que pode incluir medicamentos.
5. Um profissional da saúde, como um educador físico, deve ser consultado para que indique a atividade física adequada a seu biofísico.
6. Procure uma nutricionista para desenvolver um plano alimentar adequado às suas características e necessidades.
7. No início, sem exageros e respeitando seus limites, a pessoa deve deixar mais o carro em casa e andar mais à pé. Troque o elevador por alguns lances de escadas.
8. Evite alimentos gordurosos, doces e fast food. Nas refeições, prefira legumes, verduras e frutas.
9. Mantenha-se hidratado, através do consumo de água frequentemente.
10. Finalmente, entenda que o importante não é chegar ao peso ideal, mas ficar nele pelo resto da vida. Isso exige a adoção de hábitos saudáveis para sempre.
Estima-se que, no Brasil, cerca de 40% da população está acima do peso ou é obesa. A obesidade é reconhecida pela OMS - Organização Mundial de Saúde como doença grave, que atinge proporções epidêmicas no mundo, e é fator de risco para doenças cardiovasculares, hipertensão, colesterol elevado e diabetes. Até mesmo graus menores de sobrepeso podem levar indivíduos susceptíveis a desenvolver doenças.
A obesidade é a principal causa de diabetes e triplica as chances de desenvolver a doença. Pessoas não diabéticas, mas com antecedentes familiares, podem prevenir, ou retardar o aparecimento da diabetes, perdendo peso. Quando a doença já está estabelecida, emagrecer pode reduzir a necessidade de medicação.
Também é importante fator de risco para hipertensão, estima-se que a obesidade seja responsável por um terço dos casos. O risco de ser hipertenso aumenta 50% em pessoas com sobrepeso. Perder dez quilos reduz em 26% o risco de ter pressão alta. Para o tratamento, o hipertenso deve chegar ao peso ideal.
A obesidade é ainda fator de risco para dislipidemia, aumentando colesterol, triglicérides e reduzindo a fração boa do colesterol. A perda de peso reduz o nível de gordura no sangue e o risco cardiovascular.
Outras doenças também estão associadas à obesidade, como algumas formas de câncer, doenças respiratórias, cálculo biliar e doenças ósteo-articulares. Existe ainda o aspecto psicológico, relacionado a estigmatização do obeso, o que leva a quadros depressivos, diminuição da auto estima e do relacionamento social.
A prevenção da obesidade passa por ações educativas, controle da propaganda de alimentos não saudáveis, reciclagem de profissionais de saúde, apoio à produção e comercialização de alimentos saudáveis e planejamento urbano, privilegiando o deslocamento a pé e criando áreas para pratica de atividades físicas.
Por: Dr. Abrão José Cury Jr., diretor da Regional da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, médico assistente da Universidade Federal de São Paulo e cardiologista do Hospital do Coração.
Médicos têm muito a aprender sobre Saúde na Terceira Idade
Entre 1950 e 2025, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), no Brasil, o número de pessoas com 60 anos ou mais deve aumentar 15 vezes, enquanto a população total cinco. O país ocupará o sexto lugar em idosos, alcançando, em 2025, cerca de 34 milhões de pessoas na terceira idade. Em 40 anos, o número de idosos quintuplicou, passando de 3 milhões, em 1960, para 14 milhões, em 2000, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 1900, a expectativa de vida era de 33 anos. Nos anos 40, de 39 anos, nos 50, aumentou para 43 anos e, nos 60, era de 55. De 1960 para 1980, essa expectativa ampliou-se para 63 anos, foram acrescidos vinte anos em três décadas, segundo o IBGE. Em 2020, deve ser de 73 anos e as projeções, para 2025, permitem supor que a expectativa média de vida do brasileiro estará próxima dos 80 anos.
Essa mudança se deve a melhoria na qualidade de vida, melhores condições sanitárias, alimentares, ambientais e avanços na infra-estrutura básica. Também se deve a conquistas da Medicina, como assepsia, vacinas, antibióticos, quimioterápicos e exames, que permitem prevenir ou curar doenças, antes fatais. Esse conjunto de medidas provocou queda da mortalidade infantil e aumento da expectativa de vida.
Os idosos são mais vítimas de derrames cerebrais e infartos. São mais vulneráveis a doenças crônico-degenerativas, como as cardiovasculares, que são de maior mortalidade e morbidade, em especial, as coronarianas, responsáveis por 70% dos óbitos. As doenças mais comuns, que levam a óbito, são as respiratórias, endócrinas, do aparelho digestivo, infecciosas e tumores.
Estudos populacionais mostram que 85% dos idosos apresentam pelo menos uma doença crônica e que 10% possui, no mínimo, cinco. “A falta de divulgação do conhecimento médico geriátrico junto aos profissionais de saúde tem contribuído decisivamente para criar dificuldades na abordagem do paciente idoso”, afirma o Dr. Abrão José Cury Jr., diretor da Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Clínica Médica.
Por exemplo, a maioria das hospitalizações por tétano ocorre em pessoas acima dos 60 anos. Essa população deve fazer doses de reforço da vacina antitetânica a cada dez anos, tendo em vista sua comprovada efetividade, quase 100%.
Pneumonias estão entre as patologias infecciosas que mais trazem riscos à saúde dos idosos, com altas taxas de internação e morte, porque pioram quadros de insuficiência cardíaca, desencadeiam edema agudo de pulmão e são fontes de deterioração nos quadros de doenças pulmonares. A vacina antipneumocócica deve ser administrada em dose única nos indivíduos idosos.
Embora considerada trivial, a gripe, no idoso, pode ter conseqüências graves, levar a pneumonias, ou à quebra do equilíbrio físico. A vacina contra a gripe deve ser aplicada, pelo menos, duas semanas antes do início do inverno ou do período de chuvas em regiões tropicais.
O envelhecimento saudável preserva a capacidade funcional, a autonomia e a qualidade de vida, superando o simples diagnóstico e tratamento de doenças. O atendimento médico deve valorizar a autonomia e preservar a independência física e mental da pessoa na Terceira Idade. As doenças físicas e mentais podem levar à dependência e, conseqüentemente, à perda da capacidade funcional.
Estudos populacionais revelam que 40% dos indivíduos com 65 anos ou mais precisam de ajuda para realizar, pelo menos, uma tarefa, como compras, cuidar das finanças, preparar refeições e limpar a casa. Cerca de 10% requerem auxílio para tarefas básicas, como banho, vestir-se, ir ao banheiro, alimentar-se e, até, sentar e levantar de cadeiras e camas. É imprescindível que, nos cuidados aos idosos, as famílias estejam devidamente orientadas em relação aos cuidados necessários.
O médico deve diagnosticar hipotireoidismo, rastrear problemas de audição e visão, tomar cuidado com quedas, alterações do humor, prevenir perdas dentárias e outras doenças da boca, deficiências nutricionais, deve avaliar as capacidades e habilidades funcionais da casado idoso para prevenir perda de independência e autonomia, e ainda evitar o isolamento social.
O médico também deve buscar problemas de elevada prevalência, que não são comumente diagnosticados, como doença de Parkinson, hipotensão ortostática, incontinência urinária, demências, depressões, glaucoma e catarata. Ao mesmo tempo, cabe ao médico evitar excessos na prescrição e uso de medicamentos.
Idosos com graves problemas, sem possibilidade de recuperação ou com recuperação prolongada, podem demandar internação hospitalar de longa permanência, mas deve-se tentar a reabilitação antes e durante a hospitalização, evitando que as enfermarias sejam apenas acomodações, aumentando o sofrimento e o custo.
Entre as alternativas à internação prolongada está a assistência domiciliar, que é menos onerosa. O atendimento ao idoso enfermo, residente em instituições, tem as mesmas características da assistência domiciliar. Finalmente, na relação com o idoso deve-se observar a possibilidade de maus-tratos por parte da família, do cuidador ou mesmo dos profissionais da saúde.
Em 1900, a expectativa de vida era de 33 anos. Nos anos 40, de 39 anos, nos 50, aumentou para 43 anos e, nos 60, era de 55. De 1960 para 1980, essa expectativa ampliou-se para 63 anos, foram acrescidos vinte anos em três décadas, segundo o IBGE. Em 2020, deve ser de 73 anos e as projeções, para 2025, permitem supor que a expectativa média de vida do brasileiro estará próxima dos 80 anos.
Essa mudança se deve a melhoria na qualidade de vida, melhores condições sanitárias, alimentares, ambientais e avanços na infra-estrutura básica. Também se deve a conquistas da Medicina, como assepsia, vacinas, antibióticos, quimioterápicos e exames, que permitem prevenir ou curar doenças, antes fatais. Esse conjunto de medidas provocou queda da mortalidade infantil e aumento da expectativa de vida.
Os idosos são mais vítimas de derrames cerebrais e infartos. São mais vulneráveis a doenças crônico-degenerativas, como as cardiovasculares, que são de maior mortalidade e morbidade, em especial, as coronarianas, responsáveis por 70% dos óbitos. As doenças mais comuns, que levam a óbito, são as respiratórias, endócrinas, do aparelho digestivo, infecciosas e tumores.
Estudos populacionais mostram que 85% dos idosos apresentam pelo menos uma doença crônica e que 10% possui, no mínimo, cinco. “A falta de divulgação do conhecimento médico geriátrico junto aos profissionais de saúde tem contribuído decisivamente para criar dificuldades na abordagem do paciente idoso”, afirma o Dr. Abrão José Cury Jr., diretor da Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Clínica Médica.
Por exemplo, a maioria das hospitalizações por tétano ocorre em pessoas acima dos 60 anos. Essa população deve fazer doses de reforço da vacina antitetânica a cada dez anos, tendo em vista sua comprovada efetividade, quase 100%.
Pneumonias estão entre as patologias infecciosas que mais trazem riscos à saúde dos idosos, com altas taxas de internação e morte, porque pioram quadros de insuficiência cardíaca, desencadeiam edema agudo de pulmão e são fontes de deterioração nos quadros de doenças pulmonares. A vacina antipneumocócica deve ser administrada em dose única nos indivíduos idosos.
Embora considerada trivial, a gripe, no idoso, pode ter conseqüências graves, levar a pneumonias, ou à quebra do equilíbrio físico. A vacina contra a gripe deve ser aplicada, pelo menos, duas semanas antes do início do inverno ou do período de chuvas em regiões tropicais.
O envelhecimento saudável preserva a capacidade funcional, a autonomia e a qualidade de vida, superando o simples diagnóstico e tratamento de doenças. O atendimento médico deve valorizar a autonomia e preservar a independência física e mental da pessoa na Terceira Idade. As doenças físicas e mentais podem levar à dependência e, conseqüentemente, à perda da capacidade funcional.
Estudos populacionais revelam que 40% dos indivíduos com 65 anos ou mais precisam de ajuda para realizar, pelo menos, uma tarefa, como compras, cuidar das finanças, preparar refeições e limpar a casa. Cerca de 10% requerem auxílio para tarefas básicas, como banho, vestir-se, ir ao banheiro, alimentar-se e, até, sentar e levantar de cadeiras e camas. É imprescindível que, nos cuidados aos idosos, as famílias estejam devidamente orientadas em relação aos cuidados necessários.
O médico deve diagnosticar hipotireoidismo, rastrear problemas de audição e visão, tomar cuidado com quedas, alterações do humor, prevenir perdas dentárias e outras doenças da boca, deficiências nutricionais, deve avaliar as capacidades e habilidades funcionais da casado idoso para prevenir perda de independência e autonomia, e ainda evitar o isolamento social.
O médico também deve buscar problemas de elevada prevalência, que não são comumente diagnosticados, como doença de Parkinson, hipotensão ortostática, incontinência urinária, demências, depressões, glaucoma e catarata. Ao mesmo tempo, cabe ao médico evitar excessos na prescrição e uso de medicamentos.
Idosos com graves problemas, sem possibilidade de recuperação ou com recuperação prolongada, podem demandar internação hospitalar de longa permanência, mas deve-se tentar a reabilitação antes e durante a hospitalização, evitando que as enfermarias sejam apenas acomodações, aumentando o sofrimento e o custo.
Entre as alternativas à internação prolongada está a assistência domiciliar, que é menos onerosa. O atendimento ao idoso enfermo, residente em instituições, tem as mesmas características da assistência domiciliar. Finalmente, na relação com o idoso deve-se observar a possibilidade de maus-tratos por parte da família, do cuidador ou mesmo dos profissionais da saúde.
Hipertensos tendem a abandonar o tratamento
O tratamento ideal para a hipertensão arterial, doença que atinge cerca de trinta milhões de brasileiros, é o atendimento multiprofissional, envolvendo médico, psicólogo, nutricionista e enfermeiro.
O maior problema do tratamento da hipertensão é que 50% das pessoas que tem pressão alta não seguem as recomendações. Em geral, largam o tratamento por causa de efeitos colaterais dos medicamentos, dificuldade em fazer dieta, falta de estímulo para atividade física, dificuldade em largar o fumo e obrigatoriedade de retornar ao consultório médico frequentemente.
O hipertenso precisa de tratamento amplo, que reúna remédios e recomendações sobre hábitos de vida saudáveis. Com o atendimento multidisciplinar há maior aderência às recomendações, como uso de medicamentos, dieta, prática de atividade física, suspensão do tabagismo e redução do consumo de bebidas alcoólicas, o que leva à melhora da qualidade de vida.
A hipertensão está diretamente ligada a doenças cardiovasculares, como infarto, insuficiência cardíaca, hemorragias e embolias cerebrais, além de comprometer outros órgãos, em função das lesões que se instalam no sistema arterial. Essas doenças somadas são a principal causa de morte no Brasil. A abordagem do paciente hipertenso deixa, portanto, de ser competência de uma única especialidade e, até mesmo, de um único profissional da saúde.
É importante observar que, em alguns casos, a hipertensão é subestimada como causa de óbito. O melhor exemplo é considerar a hemorragia cerebral como causa de morte. Em geral, é a hipertensão que desencadeia a hemorragia.
Para evitar a pressão alta, deve-se adotar hábitos saudáveis, reduzir o consumo de sal, abandonar o tabagismo, manter o peso ideal, evitar bebidas alcoólicas, aprender a conviver com o estresse, praticar atividade física regular, tomar os medicamentos como recomendado.
Por: Dr. Abrão José Cury Jr., diretor da Regional da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, médico assistente da Universidade de São Paulo e cardiologista do Hospital do Coração.
MANDAMENTOS PARA PREVENÇÃO E CONTROLE DA PRESSÃO ALTA
MEÇA A PRESSÃO PELO MENOS UMA VEZ POR ANO
PRATIQUE ATIVIDADES FÍSICAS TODOS OS DIAS
MANTENHA O PESO IDEAL, EVITE A OBESIDADE
ADOTE ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL: POUCO SAL, SEM FRITURAS E MAIS FRUTAS, VERDURAS E LEGUMES
REDUZA O CONSUMO DE ÁLCOOL. SE POSSÍVEL, NÃO BEBA
ABANDONE O CIGARRO
NUNCA PARE O TRATAMENTO, É PARA A VIDA TODA
SIGA AS ORIENTAÇÕES DO SEU MÉDICO OU PROFISSIONAL DA SAÚDE
EVITE O ESTRESSE. TENHA TEMPO PARA A FAMÍLIA, OS AMIGOS E O LAZER
AME E SEJA AMADO
Organização: Sociedade Brasileira de Hipertensão, Sociedade Brasileira de Nefrologia, Sociedade Brasileira de Cardiologia - Departamento de Hipertensão Arterial, SBC Funcor e Fenapha
O maior problema do tratamento da hipertensão é que 50% das pessoas que tem pressão alta não seguem as recomendações. Em geral, largam o tratamento por causa de efeitos colaterais dos medicamentos, dificuldade em fazer dieta, falta de estímulo para atividade física, dificuldade em largar o fumo e obrigatoriedade de retornar ao consultório médico frequentemente.
O hipertenso precisa de tratamento amplo, que reúna remédios e recomendações sobre hábitos de vida saudáveis. Com o atendimento multidisciplinar há maior aderência às recomendações, como uso de medicamentos, dieta, prática de atividade física, suspensão do tabagismo e redução do consumo de bebidas alcoólicas, o que leva à melhora da qualidade de vida.
A hipertensão está diretamente ligada a doenças cardiovasculares, como infarto, insuficiência cardíaca, hemorragias e embolias cerebrais, além de comprometer outros órgãos, em função das lesões que se instalam no sistema arterial. Essas doenças somadas são a principal causa de morte no Brasil. A abordagem do paciente hipertenso deixa, portanto, de ser competência de uma única especialidade e, até mesmo, de um único profissional da saúde.
É importante observar que, em alguns casos, a hipertensão é subestimada como causa de óbito. O melhor exemplo é considerar a hemorragia cerebral como causa de morte. Em geral, é a hipertensão que desencadeia a hemorragia.
Para evitar a pressão alta, deve-se adotar hábitos saudáveis, reduzir o consumo de sal, abandonar o tabagismo, manter o peso ideal, evitar bebidas alcoólicas, aprender a conviver com o estresse, praticar atividade física regular, tomar os medicamentos como recomendado.
Por: Dr. Abrão José Cury Jr., diretor da Regional da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, médico assistente da Universidade de São Paulo e cardiologista do Hospital do Coração.
MANDAMENTOS PARA PREVENÇÃO E CONTROLE DA PRESSÃO ALTA
MEÇA A PRESSÃO PELO MENOS UMA VEZ POR ANO
PRATIQUE ATIVIDADES FÍSICAS TODOS OS DIAS
MANTENHA O PESO IDEAL, EVITE A OBESIDADE
ADOTE ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL: POUCO SAL, SEM FRITURAS E MAIS FRUTAS, VERDURAS E LEGUMES
REDUZA O CONSUMO DE ÁLCOOL. SE POSSÍVEL, NÃO BEBA
ABANDONE O CIGARRO
NUNCA PARE O TRATAMENTO, É PARA A VIDA TODA
SIGA AS ORIENTAÇÕES DO SEU MÉDICO OU PROFISSIONAL DA SAÚDE
EVITE O ESTRESSE. TENHA TEMPO PARA A FAMÍLIA, OS AMIGOS E O LAZER
AME E SEJA AMADO
Organização: Sociedade Brasileira de Hipertensão, Sociedade Brasileira de Nefrologia, Sociedade Brasileira de Cardiologia - Departamento de Hipertensão Arterial, SBC Funcor e Fenapha
Novo conceito em saúde: Síndrome da Fragilidade
“O envelhecimento é um processo que pode começar antes dos 60 anos, idade definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como início da Terceira Idade”, alerta o Dr. Abrão José Cury Jr., diretor da Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, assistente da Universidade Federal de São Paulo e supervisor de Clínica Médica do Hospital do Coração.
Diante disso, foi criado o conceito Síndrome da Fragilidade, que consiste na soma de mudanças físicas e psicológicas que comprometem a qualidade de vida e predispõem a pessoa a desenvolver doenças.
São marcadores da Síndrome da Fragilidade: dificuldades de recuperação após doença, redução da libido, osteoporose acelerada, redução da força muscular, susceptibilidade a doenças, refluxo gástrico, constipação intestinal, redução da absorção de alimentos e medicamentos, redução do fluxo sanguíneo no fígado, infecções respiratórias, diabetes e doenças cardíacas. Em geral, esses problemas estão associados à incontinência urinária, desnutrição, quedas, imobilidade, uso de vários medicamentos e depressão.
As pessoas não devem aceitar as mudanças físicas como inevitáveis e normais, é preciso se preocupar com a qualidade de vida e, principalmente, é preciso cuidar da saúde antes que as doenças se instalem. Um dos passos importantes é a avaliação nutricional e a prescrição de uma dieta que considere a realidade e as características do paciente. Cardápio individualizado, dividido em várias refeições, rico em fibras, adequado às condições de mastigação, com suplementos e com líquidos são medidas que contribuem para a boa saúde.
Outro aspecto importante é a avaliação do médico, que deve considerar a idade do paciente, comprometimento da audição e da visão, doenças pré-existentes, depressão, hospitalização nos últimos meses, capacidade de compreensão, problemas na tireóide, condições para desenvolver atividades diárias, como vestir, comer, higienizar e andar.
A Medicina está capacitada para corrigir de forma eficaz o mais simples dos problemas, mesmo que aparentemente sem importância, mas que pode comprometer a qualidade de vida do idoso e acelerar o surgimento de doenças. Cabe ao médico dar atenção e apoio ao paciente, buscando manter sua capacidade funcional, bem como condições emocionais e sociais estáveis.
Diante disso, foi criado o conceito Síndrome da Fragilidade, que consiste na soma de mudanças físicas e psicológicas que comprometem a qualidade de vida e predispõem a pessoa a desenvolver doenças.
São marcadores da Síndrome da Fragilidade: dificuldades de recuperação após doença, redução da libido, osteoporose acelerada, redução da força muscular, susceptibilidade a doenças, refluxo gástrico, constipação intestinal, redução da absorção de alimentos e medicamentos, redução do fluxo sanguíneo no fígado, infecções respiratórias, diabetes e doenças cardíacas. Em geral, esses problemas estão associados à incontinência urinária, desnutrição, quedas, imobilidade, uso de vários medicamentos e depressão.
As pessoas não devem aceitar as mudanças físicas como inevitáveis e normais, é preciso se preocupar com a qualidade de vida e, principalmente, é preciso cuidar da saúde antes que as doenças se instalem. Um dos passos importantes é a avaliação nutricional e a prescrição de uma dieta que considere a realidade e as características do paciente. Cardápio individualizado, dividido em várias refeições, rico em fibras, adequado às condições de mastigação, com suplementos e com líquidos são medidas que contribuem para a boa saúde.
Outro aspecto importante é a avaliação do médico, que deve considerar a idade do paciente, comprometimento da audição e da visão, doenças pré-existentes, depressão, hospitalização nos últimos meses, capacidade de compreensão, problemas na tireóide, condições para desenvolver atividades diárias, como vestir, comer, higienizar e andar.
A Medicina está capacitada para corrigir de forma eficaz o mais simples dos problemas, mesmo que aparentemente sem importância, mas que pode comprometer a qualidade de vida do idoso e acelerar o surgimento de doenças. Cabe ao médico dar atenção e apoio ao paciente, buscando manter sua capacidade funcional, bem como condições emocionais e sociais estáveis.
Exames médicos: rotina de uma vida saudável
“Em qualquer situação, a avaliação do médico é o primeiro passo para avaliar a saúde de um paciente e a solicitação de exames deve seguir uma sequência lógica. Devem ser realizados rotineiramente para prevenir doenças e acompanhar a saúde do paciente”, explica o Dr. Abrão José Cury Jr., diretor da Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, médico assistente da Universidade Federal de São Paulo e cardiologista do Hospital do Coração.
A partir dos 15 anos, deve-se passar por uma consulta médica anual, na qual o médico avalia fatores de risco para doenças, histórico familiar, condição física, o que inclui peso, por exemplo, hábitos de vida, como fumo, e no caso das meninas, uso de pílula anticoncepcional, e doenças prévias. O médico também deve medir a pressão arterial duas vezes, durante a consulta, em todas as consultas.
Para completar o diagnóstico, o adolescente deve dosar o colesterol e o nível de açúcar no sangue. Pessoas com antecedentes familiares de colesterol elevado e diabetes devem repetir essas dosagens anualmente. Pessoas sem antecedentes devem dosar a cada dois anos, até os 30, e depois anualmente.
Aos 20, a pessoa deve fazer um Teste Ergométrico, para avaliar a condição cardíaca. Na ausência de problemas, deve repetir o exame a cada 5 anos e, após os 40, a cada 2.
A mulher, a partir do início da atividade sexual, anualmente, deve fazer Papanicolau, para detectar câncer e, a partir dos 40, anualmente, Mamografia e Ultra-som. Se a mãe ou as tias tiverem tido câncer, deve começar a fazer os exames a partir dos 30 anos.
A partir dos 40, anualmente, deve-se dosar Ácido Úrico, cuja elevação provoca Gota, TSH, que mostra o funcionamento da Tireóide, e os homens, PSA, indicador de tumor de próstata. Vale lembrar que nenhum exame substitui a avaliação médica. A dosagem de PSA, por exemplo, complementa o exame de toque, feito pelo médico.
A partir dos 35, a cada dois anos, a pessoa deve fazer uma avaliação cardiológica, que inclui Teste Ergométrico, Eletrocardiograma e Ecocardiograma.
Em qualquer fase da vida, se for praticar atividade física, a pessoa deve passar por uma avaliação fisiátrica para conferir as articulações e os músculos. Deve fazer ainda exames cardiológicos: Teste Ergométrico e Ecocardiograma. Com esses resultados, o médico pode orientar a atividade adequada. Os fumantes, a cada ano, devem se submeter a uma radiografia de tórax.
Exames sofisticados, como Ressonância Magnética, Medicina Nuclear e Tomografia, não são de rotina e devem ser realizados para completar a investigação de alterações detectadas em exames iniciais. Também podem ser indicados para acompanhar a saúde de pacientes com história de doenças graves. “Recorrer a esses exames como primeira opção pode trazer confusão ao diagnóstico. Além disso, os exames básicos são capazes de detectar muitos problemas”, finaliza o médico.
A partir dos 15 anos, deve-se passar por uma consulta médica anual, na qual o médico avalia fatores de risco para doenças, histórico familiar, condição física, o que inclui peso, por exemplo, hábitos de vida, como fumo, e no caso das meninas, uso de pílula anticoncepcional, e doenças prévias. O médico também deve medir a pressão arterial duas vezes, durante a consulta, em todas as consultas.
Para completar o diagnóstico, o adolescente deve dosar o colesterol e o nível de açúcar no sangue. Pessoas com antecedentes familiares de colesterol elevado e diabetes devem repetir essas dosagens anualmente. Pessoas sem antecedentes devem dosar a cada dois anos, até os 30, e depois anualmente.
Aos 20, a pessoa deve fazer um Teste Ergométrico, para avaliar a condição cardíaca. Na ausência de problemas, deve repetir o exame a cada 5 anos e, após os 40, a cada 2.
A mulher, a partir do início da atividade sexual, anualmente, deve fazer Papanicolau, para detectar câncer e, a partir dos 40, anualmente, Mamografia e Ultra-som. Se a mãe ou as tias tiverem tido câncer, deve começar a fazer os exames a partir dos 30 anos.
A partir dos 40, anualmente, deve-se dosar Ácido Úrico, cuja elevação provoca Gota, TSH, que mostra o funcionamento da Tireóide, e os homens, PSA, indicador de tumor de próstata. Vale lembrar que nenhum exame substitui a avaliação médica. A dosagem de PSA, por exemplo, complementa o exame de toque, feito pelo médico.
A partir dos 35, a cada dois anos, a pessoa deve fazer uma avaliação cardiológica, que inclui Teste Ergométrico, Eletrocardiograma e Ecocardiograma.
Em qualquer fase da vida, se for praticar atividade física, a pessoa deve passar por uma avaliação fisiátrica para conferir as articulações e os músculos. Deve fazer ainda exames cardiológicos: Teste Ergométrico e Ecocardiograma. Com esses resultados, o médico pode orientar a atividade adequada. Os fumantes, a cada ano, devem se submeter a uma radiografia de tórax.
Exames sofisticados, como Ressonância Magnética, Medicina Nuclear e Tomografia, não são de rotina e devem ser realizados para completar a investigação de alterações detectadas em exames iniciais. Também podem ser indicados para acompanhar a saúde de pacientes com história de doenças graves. “Recorrer a esses exames como primeira opção pode trazer confusão ao diagnóstico. Além disso, os exames básicos são capazes de detectar muitos problemas”, finaliza o médico.
Estresse: de pés gelados a problemas de coração
Com frequência, o clínico geral recebe em seu consultório pessoas com alterações físicas, como pés e mãos frios, distúrbios de concentração e raciocínio, dificuldades de memória, mudanças de comportamento, reações emocionais alteradas, como comover-se facilmente, desencadeadas pelo estresse. Se não tratado, o estresse pode levar à exacerbação desses sintomas e ao aparecimento de doenças cardiovasculares, gastrointestinais, respiratórias, dermatológicas, musculares, emocionais e outras.
Estima-se que 25% da população mundial experimentará, pelo menos uma vez na vida, uma crise de estresse. Só no Estado de São Paulo cerca de 18% da população sofre de algum distúrbio de ansiedade. No Japão, o Karoshi, termo utilizado para mortes por excesso de trabalho, acomete dez mil pessoas por ano.
O estresse é caracterizado por sintomas físicos e psicológicos relacionados à superação de desafios, que podem ser positivos, como promoção no trabalho, ou negativos, como iminente perda de emprego, e são percebidos como ameaças à integridade e à estabilidade do indivíduo.
Diante de um desafio, a pessoa fica em alerta - primeira fase -, pronto para fugir ou atacar, o que a desestabiliza. O estresse, em doses adequadas, é benéfico, pois motiva para novas realizações, ou afasta de investidas inúteis. Quando essa situação é vivida por período prolongado e sem resolução, torna-se patológico. A fase seguinte é a resistência, na qual as tensões se acumulam, a capacidade de adaptar-se a novas situações, suportar, superar pressões, ou frustrações diminuem, facilitando novas reações agudas, que levam a alterações físicas. Depois vem a exaustão. Há uma "quebra" no organismo e a energia adaptativa se esgota, levando ao aumento dos sintomas físicos e ao aparecimento de várias doenças. Nessa fase, é necessária a ajuda de profissional especializado.
Algumas características pessoais predispõe ao estresse, como ser exigente, não relaxar, ser inflexível, ter objetivos incertos, estar insatisfeito com o que é, ou faz, não admitir errar e precisar sempre de estímulos externos.
Para controlar o problema, a pessoa deve reconhecer que sofre de estresse, adotar um estilo de vida saudável, com boa alimentação, relaxamento, exercício físico e estabilidade emocional, e buscar ajuda especializada. O médico deve acompanhar o tratamento para cuidar das doenças associadas, dar orientação dietética e de atividade física. O acompanhamento psicológico é importante para aprender a identificar as fontes externas e internas de produção de estresse, promover a estabilidade emocional e habilitar a pessoa a lidar com as pressões do dia-a-dia.
Por: Dr. Abrão José Cury Jr., diretor da Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, médico assistente da Universidade Federal de São Paulo e cardiologista do Hospital do Coração
Estima-se que 25% da população mundial experimentará, pelo menos uma vez na vida, uma crise de estresse. Só no Estado de São Paulo cerca de 18% da população sofre de algum distúrbio de ansiedade. No Japão, o Karoshi, termo utilizado para mortes por excesso de trabalho, acomete dez mil pessoas por ano.
O estresse é caracterizado por sintomas físicos e psicológicos relacionados à superação de desafios, que podem ser positivos, como promoção no trabalho, ou negativos, como iminente perda de emprego, e são percebidos como ameaças à integridade e à estabilidade do indivíduo.
Diante de um desafio, a pessoa fica em alerta - primeira fase -, pronto para fugir ou atacar, o que a desestabiliza. O estresse, em doses adequadas, é benéfico, pois motiva para novas realizações, ou afasta de investidas inúteis. Quando essa situação é vivida por período prolongado e sem resolução, torna-se patológico. A fase seguinte é a resistência, na qual as tensões se acumulam, a capacidade de adaptar-se a novas situações, suportar, superar pressões, ou frustrações diminuem, facilitando novas reações agudas, que levam a alterações físicas. Depois vem a exaustão. Há uma "quebra" no organismo e a energia adaptativa se esgota, levando ao aumento dos sintomas físicos e ao aparecimento de várias doenças. Nessa fase, é necessária a ajuda de profissional especializado.
Algumas características pessoais predispõe ao estresse, como ser exigente, não relaxar, ser inflexível, ter objetivos incertos, estar insatisfeito com o que é, ou faz, não admitir errar e precisar sempre de estímulos externos.
Para controlar o problema, a pessoa deve reconhecer que sofre de estresse, adotar um estilo de vida saudável, com boa alimentação, relaxamento, exercício físico e estabilidade emocional, e buscar ajuda especializada. O médico deve acompanhar o tratamento para cuidar das doenças associadas, dar orientação dietética e de atividade física. O acompanhamento psicológico é importante para aprender a identificar as fontes externas e internas de produção de estresse, promover a estabilidade emocional e habilitar a pessoa a lidar com as pressões do dia-a-dia.
Por: Dr. Abrão José Cury Jr., diretor da Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, médico assistente da Universidade Federal de São Paulo e cardiologista do Hospital do Coração
O que fazer e não fazer em emergências e acidentes domésticos
O Dr. Abrão José Cury Jr., diretor da Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, médico assistente da Universidade Federal de São Paulo e cardiologista do Hospital do Coração, dá dicas do que fazer em situações de emergências e em acidentes domésticos, enquanto o socorro médico não chega, e também diz o que não fazer, acabando com alguns mitos.
Desmaios - A primeira medida em qualquer situação é chamar o socorro médico. Depois, colocar a pessoa desmaiada deita com a barriga pra cima, puxar a cabeça pra trás para esticar o pescoço e liberar as vias aéreas, e folgar a roupa, soltando gravata, lenço de pescoço, calça e sapato, facilitando a circulação sanguínea. Se a pessoa estiver vomitando, deve-se colocá-la de lado para que não aspire o vômito.
Vômitos - Quando uma pessoa começa a vomitar deve-se incliná-la para frente ou para o lado, tomando cuidado para que não aspire o vômito, observar se há sangue, não beber nada sem orientação médica, nem água, aguardar alguma melhora e dirigir-se ao médico, como em qualquer outra situação de emergência.
Queimadura - Lavar com água corrente e limpa, sem sabão, não colocar nada em cima, como borra de café e pasta de dente, e proteger o local com gaze vasilinada. Se houver tecido sobre a queimadura, como uma camisa, não tirá-la. Apenas lave o local com água corrente e limpa e deixe que os médicos tirem o tecido no pronto-socorro. Se não tiver gaze vasilinada, pode-se proteger o local com pano limpo e folgado.
Cortes em geral - Lavar o local com água limpa e comprimir com um pano limpo para parar o sangramento. Se o sangramento for intenso, pode-se fazer um torniquete com pano limpo acima do corte. Por exemplo, se o corte for no antebraço, o torniquete deve ficar no braço. A cada dez minutos, o torniquete deve ser solto para permitir a circulação do sangue no membro, enquanto isso o corte deve ser comprimido para não sangrar, e logo em seguida, deve voltar a prender o torniquete.
Acidente de carro ou atropelamento - Evitar mexer na pessoa acidentada. Se não estiver respirando, tentar endireitar o pescoço, mexendo o mínimo possível. Se estiver caída na rua, não mexa. Para estimulá-la e acompanhar a situação física, pode-se conversar com a pessoa, lembrando-se de chamar o socorro primeiro.
Fraturas - Imobilizar o local com uma tábua, ou algum objeto duro, e se dirigir ao serviço médico, evitando mexer o membro fraturado.
Ingestão de medicamentos errados ou produtos químicos - Primeiro, não provocar vômito porque pode irritar ainda mais o esôfago e nem beber nada, nem leite, porque algumas substâncias podem reagir ao líquido. Verificar as orientações do rótulo do produto, o que foi tomado e correr para o Pronto Socorro.
Mordidas e arranhões de animais - Primeiro, lavar bem o local da mordida com sabão e não fazer torniquete. Se possível, levar o bicho junto, especialmente no caso de animais peçonhentos, para confirmar se são venenosos. No caso de mordida de cachorro, é preciso verificar se foi vacinado contra a raiva. Os gatos podem transmitir a Síndrome da Arranhadura, portanto, mesmo em arranhões, é preciso lavar o local e procurar o atendimento médico.
Engasgamento - O ideal, se a pessoa engasgada conseguir, é tossir para expelir o que obstrui as vias aéreas. Se não for possível, aperte a pessoa engasgada por trás, na altura do diafragma, para expelir o que obstrui as vias aéreas. Não beber nada.
Febre - Para diminuir a febre, até chegar ao médico, a pessoa pode tomar um banho frio e medicamentos à base de dipirona ou paracetamol.
Alergias simples - Se a pessoa tiver experiência prévia com alergias provocadas por alimentos, ou medicamentos, pode tomar seu antialérgico usual. Um banho frio também reduz os sintomas. Para alergias mais graves, como as provocadas por picadas de animais, deve-se recorrer ao médico rapidamente.
Sangramento no nariz - Nunca colocar a pessoa com sangramento no nariz com a cabeça caída para trás e nem colocar algodão no nariz. Deixar a pessoa sentada normalmente e colocar uma compressa fria, pode ser até com gelo, sobre a parte externa do nariz. Se o sangramento persiste, procurar um médico.
Diarreia - Tomar bastante líquido frio para evitar a desidratação e tomar bebidas isotônicas. Observar a temperatura do corpo e o aspecto das fezes, atentando para a presença de sangue ou muco. Não tomar medicamentos por conta própria e procurar um médico. Alimentos que regulam o funcionamento do intestino, como maçã, podem ajudar a controlar o problema.
"É importante lembrar que a primeira medida é sempre chamar ou procurar por atendimento médico. Estes cuidados são paliativos e ajudam a controlar a situação até chegar o socorro", alerta o Dr. Abrão J Cury Jr.
Desmaios - A primeira medida em qualquer situação é chamar o socorro médico. Depois, colocar a pessoa desmaiada deita com a barriga pra cima, puxar a cabeça pra trás para esticar o pescoço e liberar as vias aéreas, e folgar a roupa, soltando gravata, lenço de pescoço, calça e sapato, facilitando a circulação sanguínea. Se a pessoa estiver vomitando, deve-se colocá-la de lado para que não aspire o vômito.
Vômitos - Quando uma pessoa começa a vomitar deve-se incliná-la para frente ou para o lado, tomando cuidado para que não aspire o vômito, observar se há sangue, não beber nada sem orientação médica, nem água, aguardar alguma melhora e dirigir-se ao médico, como em qualquer outra situação de emergência.
Queimadura - Lavar com água corrente e limpa, sem sabão, não colocar nada em cima, como borra de café e pasta de dente, e proteger o local com gaze vasilinada. Se houver tecido sobre a queimadura, como uma camisa, não tirá-la. Apenas lave o local com água corrente e limpa e deixe que os médicos tirem o tecido no pronto-socorro. Se não tiver gaze vasilinada, pode-se proteger o local com pano limpo e folgado.
Cortes em geral - Lavar o local com água limpa e comprimir com um pano limpo para parar o sangramento. Se o sangramento for intenso, pode-se fazer um torniquete com pano limpo acima do corte. Por exemplo, se o corte for no antebraço, o torniquete deve ficar no braço. A cada dez minutos, o torniquete deve ser solto para permitir a circulação do sangue no membro, enquanto isso o corte deve ser comprimido para não sangrar, e logo em seguida, deve voltar a prender o torniquete.
Acidente de carro ou atropelamento - Evitar mexer na pessoa acidentada. Se não estiver respirando, tentar endireitar o pescoço, mexendo o mínimo possível. Se estiver caída na rua, não mexa. Para estimulá-la e acompanhar a situação física, pode-se conversar com a pessoa, lembrando-se de chamar o socorro primeiro.
Fraturas - Imobilizar o local com uma tábua, ou algum objeto duro, e se dirigir ao serviço médico, evitando mexer o membro fraturado.
Ingestão de medicamentos errados ou produtos químicos - Primeiro, não provocar vômito porque pode irritar ainda mais o esôfago e nem beber nada, nem leite, porque algumas substâncias podem reagir ao líquido. Verificar as orientações do rótulo do produto, o que foi tomado e correr para o Pronto Socorro.
Mordidas e arranhões de animais - Primeiro, lavar bem o local da mordida com sabão e não fazer torniquete. Se possível, levar o bicho junto, especialmente no caso de animais peçonhentos, para confirmar se são venenosos. No caso de mordida de cachorro, é preciso verificar se foi vacinado contra a raiva. Os gatos podem transmitir a Síndrome da Arranhadura, portanto, mesmo em arranhões, é preciso lavar o local e procurar o atendimento médico.
Engasgamento - O ideal, se a pessoa engasgada conseguir, é tossir para expelir o que obstrui as vias aéreas. Se não for possível, aperte a pessoa engasgada por trás, na altura do diafragma, para expelir o que obstrui as vias aéreas. Não beber nada.
Febre - Para diminuir a febre, até chegar ao médico, a pessoa pode tomar um banho frio e medicamentos à base de dipirona ou paracetamol.
Alergias simples - Se a pessoa tiver experiência prévia com alergias provocadas por alimentos, ou medicamentos, pode tomar seu antialérgico usual. Um banho frio também reduz os sintomas. Para alergias mais graves, como as provocadas por picadas de animais, deve-se recorrer ao médico rapidamente.
Sangramento no nariz - Nunca colocar a pessoa com sangramento no nariz com a cabeça caída para trás e nem colocar algodão no nariz. Deixar a pessoa sentada normalmente e colocar uma compressa fria, pode ser até com gelo, sobre a parte externa do nariz. Se o sangramento persiste, procurar um médico.
Diarreia - Tomar bastante líquido frio para evitar a desidratação e tomar bebidas isotônicas. Observar a temperatura do corpo e o aspecto das fezes, atentando para a presença de sangue ou muco. Não tomar medicamentos por conta própria e procurar um médico. Alimentos que regulam o funcionamento do intestino, como maçã, podem ajudar a controlar o problema.
"É importante lembrar que a primeira medida é sempre chamar ou procurar por atendimento médico. Estes cuidados são paliativos e ajudam a controlar a situação até chegar o socorro", alerta o Dr. Abrão J Cury Jr.
Fórmula para depressão em idoso: convívio social e exercício mental
Tratar o avô como enfeite de sala, mal falando com ele. Programar as férias da família e excluir o idoso dos planos. Realizar uma reunião com queijo e vinho em casa, dizer que a “velha” não pode comer e beber essas coisas, oferecer chá com torradas e recomendar que tome em seu quarto. Infelizmente, essas atitudes ainda são comuns na vida das famílias brasileiras, que, frequentemente, nem percebem o mal que estão fazendo ao idoso, isolando-o do convívio social e familiar.
A tendência de algumas pessoas é reduzir a atividade social dos idosos, que fica restrito a visitar amigos doentes em casa, ou no hospital, ou ir a velórios. Isso vai entristecendo a pessoa, que começa a achar que só restou esperar para ser a próxima a ser visitada no velório. A família acaba contribuindo para essa situação porque isola o idoso por causa de suas limitações físicas.
“A Medicina oferece às pessoas da Terceira Idade a possibilidade de ter uma vida social ativa e de boa qualidade com a ajuda de medicamentos, fisioterapia, próteses auditivas e articulares, deixando assim de ser o famoso ‘peso morto’ da família”, explica o Dr. Abrão José Cury Jr., diretor da Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Clínica Médica.
Além de atividades físicas adequadas à idade, o idoso deve ser estimulado, através de exercícios mentais, como conversar, ler e se ocupar. “Ao invés de colocar alguém para cuidados do velho, dê algo para ele cuidar”, recomenda o médico.
O isolamento do idoso leva à depressão, que leva ao desenvolvimento de doenças, como desnutrição por se alimentar mal, processos infecciosos, desidratação, deterioração orgânica e muscular, acelerando o envelhecimento.
Um clínico geral bem preparado é capaz de tratar problemas, como má audição e visão, é capaz de orientar cuidados simples, como os orais que interferem na alimentação, enfim, pode mostrar ao idoso como ser saudável para participar da vida da família de forma agradável e recuperar alguns prazeres, como comer e até fazer sexo, o que é totalmente possível.
A Organização Mundial da Saúde estima que, até 2025, no Brasil, serão 34 milhões de pessoas com 60 anos ou mais e que a expectativa de vida será de 80 anos.
A tendência de algumas pessoas é reduzir a atividade social dos idosos, que fica restrito a visitar amigos doentes em casa, ou no hospital, ou ir a velórios. Isso vai entristecendo a pessoa, que começa a achar que só restou esperar para ser a próxima a ser visitada no velório. A família acaba contribuindo para essa situação porque isola o idoso por causa de suas limitações físicas.
“A Medicina oferece às pessoas da Terceira Idade a possibilidade de ter uma vida social ativa e de boa qualidade com a ajuda de medicamentos, fisioterapia, próteses auditivas e articulares, deixando assim de ser o famoso ‘peso morto’ da família”, explica o Dr. Abrão José Cury Jr., diretor da Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Clínica Médica.
Além de atividades físicas adequadas à idade, o idoso deve ser estimulado, através de exercícios mentais, como conversar, ler e se ocupar. “Ao invés de colocar alguém para cuidados do velho, dê algo para ele cuidar”, recomenda o médico.
O isolamento do idoso leva à depressão, que leva ao desenvolvimento de doenças, como desnutrição por se alimentar mal, processos infecciosos, desidratação, deterioração orgânica e muscular, acelerando o envelhecimento.
Um clínico geral bem preparado é capaz de tratar problemas, como má audição e visão, é capaz de orientar cuidados simples, como os orais que interferem na alimentação, enfim, pode mostrar ao idoso como ser saudável para participar da vida da família de forma agradável e recuperar alguns prazeres, como comer e até fazer sexo, o que é totalmente possível.
A Organização Mundial da Saúde estima que, até 2025, no Brasil, serão 34 milhões de pessoas com 60 anos ou mais e que a expectativa de vida será de 80 anos.
Cervejinha com gelo pode evitar ressaca
O Brasil enfrenta altas temperaturas. Para combater o calor, um dos recursos mais usado pelos brasileiros é tomar uma “cervejinha” no fim do dia e nos finais de semana. Mas, é preciso tomar cuidado com o consumo de bebidas alcoólicas.
As bebidas alcoólicas, assim como as altas temperaturas, são vasodilatadoras e hormônio diuréticas, o que provoca aumento do suor e da urina, podendo levar à desidratação. O álcool não mata a sede, mas pode ser consumido se intercalado com outras bebidas, como água, sucos naturais e refrigerante.
No caso da "cervejinha", uma boa alternativa é colocar gelo no copo, tornando-a mais saudável e evitando a ressaca do dia seguinte. Bebidas geladas, para quem não tem sensibilidade, fazem bem à saúde e ajudam o organismo a se defender da alta temperatura.
No calor, as pessoas devem aumentar o consumo de líquidos. A primeira opção deve ser a água. A segunda, as bebidas isotônicas com sódio e potássio, elementos químicos que também são eliminados pelo suor. Em seguida, sucos naturais, que trazem os benefícios das vitaminas. Finalmente, refrigerantes, que apesar de refrescar, em geral, são calóricos e não agregam benefícios ao organismo.
Está errado acreditar que o calor provoca diarréia. Em geral, é desencadeada pela ingestão de alimentos contaminados, por doenças inflamatórias e também pelo consumo excessivo de bebida alcoólica.
Também é importante lavar com água e secar com papel a borda da latinha de cerveja porque pode estar mal higienizada e contaminada.
Quando uma pessoa sente-se mal, tem queda de pressão, ou desmaia, deve-se colocá-la deitada no chão de lado, para não aspirar o vômito, levantar as pernas, facilitando o fluxo sangüíneo, e chamar o socorro médico. É um erro dar azeitona, sal, água e sentá-la com a cabeça abaixada. Apesar de serem práticas conhecidas podem complicar a situação.
Por: Dr. Abrão José Cury Jr., diretor da Regional da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, médico assistente da Universidade Federal de São Paulo e cardiologista do Hospital do Coração
As bebidas alcoólicas, assim como as altas temperaturas, são vasodilatadoras e hormônio diuréticas, o que provoca aumento do suor e da urina, podendo levar à desidratação. O álcool não mata a sede, mas pode ser consumido se intercalado com outras bebidas, como água, sucos naturais e refrigerante.
No caso da "cervejinha", uma boa alternativa é colocar gelo no copo, tornando-a mais saudável e evitando a ressaca do dia seguinte. Bebidas geladas, para quem não tem sensibilidade, fazem bem à saúde e ajudam o organismo a se defender da alta temperatura.
No calor, as pessoas devem aumentar o consumo de líquidos. A primeira opção deve ser a água. A segunda, as bebidas isotônicas com sódio e potássio, elementos químicos que também são eliminados pelo suor. Em seguida, sucos naturais, que trazem os benefícios das vitaminas. Finalmente, refrigerantes, que apesar de refrescar, em geral, são calóricos e não agregam benefícios ao organismo.
Está errado acreditar que o calor provoca diarréia. Em geral, é desencadeada pela ingestão de alimentos contaminados, por doenças inflamatórias e também pelo consumo excessivo de bebida alcoólica.
Também é importante lavar com água e secar com papel a borda da latinha de cerveja porque pode estar mal higienizada e contaminada.
Quando uma pessoa sente-se mal, tem queda de pressão, ou desmaia, deve-se colocá-la deitada no chão de lado, para não aspirar o vômito, levantar as pernas, facilitando o fluxo sangüíneo, e chamar o socorro médico. É um erro dar azeitona, sal, água e sentá-la com a cabeça abaixada. Apesar de serem práticas conhecidas podem complicar a situação.
Por: Dr. Abrão José Cury Jr., diretor da Regional da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, médico assistente da Universidade Federal de São Paulo e cardiologista do Hospital do Coração
Diabetes: informação é parte do tratamento
O Dr. Roberto Abrão Raduan, Chefe do Serviço de Medicina Interna da Beneficência Portuguesa de São Paulo e presidente da Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, explica essa doença.
Diabetes
Alteração do metabolismo da glicose caracterizada por deficiência de insulina ou resistência à ação da insulina.
Tipos
Tipo 1 - Deficiência total de insulina.
Tipo 2 - Deficiência parcial de insulina e resistência à ação do hormônio, o que impede a retirada da glicose do sangue e sua transferência para o interior das células.
Diabetes Gestacional - Aparece durante a gravidez e se normaliza após o parto.
Causas
O Diabetes Tipo 1 é uma doença auto-imune, ou seja, o organismo produz anticorpos que destroem as células pancreáticas, responsáveis pela produção de insulina.
O Tipo 2 resulta de uma interação entre predisposição genética e fatores ambientais, como alimentação inadequada, falta de atividade física, obesidade etc.
População Susceptível
O Diabetes Tipo 2 incide preferencialmente em pacientes obesos, sedentários, acima de 45 anos e que tenham antecedentes familiares.
Mulheres que desenvolvem diabetes gestacional têm mais chance de desenvolver a doença posteriormente.
Prevenção
A prevenção do Diabetes Tipo 2 se faz, principalmente, com atividade física regular e dieta saudável. Alguns remédios já mostraram benefício em retardar o aparecimento da doença e outros estão sendo testados.
Sintomas
· Sede excessiva
· Urina abundante
· Perda importante de peso, apesar de alimentação normal ou aumentada
· Fraqueza extrema
· Distúrbios visuais
· Câimbras
· Prurido vaginal na mulher
· Inflamação da glande no homem (balanopostite).
Diagnóstico
Através de exame de sangue. Resultado do exame Glicemia de Jejum (8 horas) acima de 126 mg/dL, ou glicemia aleatória maior que 200 mg/dL, indica diabetes. É necessário repetir o exame para confirmar a doença.
Tratamento
O tratamento vai de medidas higiênico-dietéticas, medicações por via oral e medicações injetáveis. Teoricamente a doença não tem cura, porém, quando ocorre perda importante de peso, consegue-se a suspensão total dos medicamentos.
Diabetes
Alteração do metabolismo da glicose caracterizada por deficiência de insulina ou resistência à ação da insulina.
Tipos
Tipo 1 - Deficiência total de insulina.
Tipo 2 - Deficiência parcial de insulina e resistência à ação do hormônio, o que impede a retirada da glicose do sangue e sua transferência para o interior das células.
Diabetes Gestacional - Aparece durante a gravidez e se normaliza após o parto.
Causas
O Diabetes Tipo 1 é uma doença auto-imune, ou seja, o organismo produz anticorpos que destroem as células pancreáticas, responsáveis pela produção de insulina.
O Tipo 2 resulta de uma interação entre predisposição genética e fatores ambientais, como alimentação inadequada, falta de atividade física, obesidade etc.
População Susceptível
O Diabetes Tipo 2 incide preferencialmente em pacientes obesos, sedentários, acima de 45 anos e que tenham antecedentes familiares.
Mulheres que desenvolvem diabetes gestacional têm mais chance de desenvolver a doença posteriormente.
Prevenção
A prevenção do Diabetes Tipo 2 se faz, principalmente, com atividade física regular e dieta saudável. Alguns remédios já mostraram benefício em retardar o aparecimento da doença e outros estão sendo testados.
Sintomas
· Sede excessiva
· Urina abundante
· Perda importante de peso, apesar de alimentação normal ou aumentada
· Fraqueza extrema
· Distúrbios visuais
· Câimbras
· Prurido vaginal na mulher
· Inflamação da glande no homem (balanopostite).
Diagnóstico
Através de exame de sangue. Resultado do exame Glicemia de Jejum (8 horas) acima de 126 mg/dL, ou glicemia aleatória maior que 200 mg/dL, indica diabetes. É necessário repetir o exame para confirmar a doença.
Tratamento
O tratamento vai de medidas higiênico-dietéticas, medicações por via oral e medicações injetáveis. Teoricamente a doença não tem cura, porém, quando ocorre perda importante de peso, consegue-se a suspensão total dos medicamentos.
Como enfrentar o calor nos grandes centros
O Dr. Abrão José Cury Jr., diretor da Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, professor assistente da Universidade Federal de São Paulo e Cardiologista do Hospital do Coração, dá dicas de como enfrentar o calor nos grandes centros, como São Paulo.
Suor - A alta temperatura provoca dilatação dos vasos sanguíneos, o suor compensa o calor e refresca a pele. O aumento do suor é normal, porém quando excessivo pode ser sintoma de infecções e intoxicação alimentar.
Bebidas por importância – No calor, aumente o consumo de líquidos e a primeira opção é a água. A segunda, bebidas isotônicas com sódio e potássio, também eliminados pelo suor. Depois, sucos naturais, que trazem os benefícios das vitaminas. Finalmente, refrigerantes, que, em geral, são calóricos e não agregam benefícios ao organismo. Bebidas geladas, para quem não tem sensibilidade, fazem bem à saúde e ajudam o organismo a se defender do calor.
Cervejinha – Tome cuidado com as bebidas alcoólicas. Por serem vasodilatadoras e hormônio-diuréticas provocam aumento da sudorese e da urina, podendo levar à desidratação.
Pressão baixa - Quem tem tendência à pressão baixa, deve aumentar o consumo de bebidas isotônicas com eletrólitos, responsáveis por reter água no organismo. O consumo de sal também ajuda. É normal sentir mais sonolência.
Pressão alta - Os hipertensos também devem tomar cuidado. Às vezes, é necessário reduzir a medicação porque, no calor, a pressão tende a baixar.
Diarreia – O calor não provoca diarréia. Em geral, é provocada por alimentos contaminados, doenças inflamatórias e pelo excesso de bebida alcoólica.
Olha o cachorro quente - Cuidado com alimentos vendidos na rua, ou mal higienizados, como molhos e maionese, facilmente encontrados em barracas de cachorro quente. Peixes e frutos do mar, que também estragam rapidamente, merecem atenção.
Feijoada - Alimentos pesados, ou condimentados têm digestão mais difícil, o que contribui para a queda de pressão, e pode levar à congestão.
Latinhas e coco – Lave a borda das latas de bebida e de copos de plástico, inclusive os cocos, porque podem estar contaminados pelas mãos do vendedor. No caso dos copos, dobre o alumínio e encoste os lábios no próprio alumínio.
Protetor solar – Para manter a saúde da pele, use protetor solar com fator 30.
Terno e gravata - As roupas devem ser folgadas, para facilitar a ventilação, claras para refletir a luz e de tecido leve.
Sono tranqüilo - Durma em ambientes ventilados e, para combater os pernilongos, use repelentes ligados na tomada elétrica. Antes de dormir, um banho morno refresca, mas o gelado pode provocar choque térmico.
Primeiros socorros – Quando uma pessoa sente-se mal, tem queda de pressão, ou desmaia, coloque-a deitada no chão de lado, para não aspirar o vômito, levante suas pernas, facilitando o fluxo sanguíneo, e peça socorro médico. É um erro dar azeitona, sal, água e sentá-la com a cabeça abaixada. Apesar de serem práticas conhecidas, podem complicar a situação.
Suor - A alta temperatura provoca dilatação dos vasos sanguíneos, o suor compensa o calor e refresca a pele. O aumento do suor é normal, porém quando excessivo pode ser sintoma de infecções e intoxicação alimentar.
Bebidas por importância – No calor, aumente o consumo de líquidos e a primeira opção é a água. A segunda, bebidas isotônicas com sódio e potássio, também eliminados pelo suor. Depois, sucos naturais, que trazem os benefícios das vitaminas. Finalmente, refrigerantes, que, em geral, são calóricos e não agregam benefícios ao organismo. Bebidas geladas, para quem não tem sensibilidade, fazem bem à saúde e ajudam o organismo a se defender do calor.
Cervejinha – Tome cuidado com as bebidas alcoólicas. Por serem vasodilatadoras e hormônio-diuréticas provocam aumento da sudorese e da urina, podendo levar à desidratação.
Pressão baixa - Quem tem tendência à pressão baixa, deve aumentar o consumo de bebidas isotônicas com eletrólitos, responsáveis por reter água no organismo. O consumo de sal também ajuda. É normal sentir mais sonolência.
Pressão alta - Os hipertensos também devem tomar cuidado. Às vezes, é necessário reduzir a medicação porque, no calor, a pressão tende a baixar.
Diarreia – O calor não provoca diarréia. Em geral, é provocada por alimentos contaminados, doenças inflamatórias e pelo excesso de bebida alcoólica.
Olha o cachorro quente - Cuidado com alimentos vendidos na rua, ou mal higienizados, como molhos e maionese, facilmente encontrados em barracas de cachorro quente. Peixes e frutos do mar, que também estragam rapidamente, merecem atenção.
Feijoada - Alimentos pesados, ou condimentados têm digestão mais difícil, o que contribui para a queda de pressão, e pode levar à congestão.
Latinhas e coco – Lave a borda das latas de bebida e de copos de plástico, inclusive os cocos, porque podem estar contaminados pelas mãos do vendedor. No caso dos copos, dobre o alumínio e encoste os lábios no próprio alumínio.
Protetor solar – Para manter a saúde da pele, use protetor solar com fator 30.
Terno e gravata - As roupas devem ser folgadas, para facilitar a ventilação, claras para refletir a luz e de tecido leve.
Sono tranqüilo - Durma em ambientes ventilados e, para combater os pernilongos, use repelentes ligados na tomada elétrica. Antes de dormir, um banho morno refresca, mas o gelado pode provocar choque térmico.
Primeiros socorros – Quando uma pessoa sente-se mal, tem queda de pressão, ou desmaia, coloque-a deitada no chão de lado, para não aspirar o vômito, levante suas pernas, facilitando o fluxo sanguíneo, e peça socorro médico. É um erro dar azeitona, sal, água e sentá-la com a cabeça abaixada. Apesar de serem práticas conhecidas, podem complicar a situação.
Praticar exercícios físicos é bom, mas não é vacina
Muitas pessoas acreditam que praticar exercícios físicos é o suficiente para evitar problemas de saúde. Porém, esquecem que a atividade física sem orientação médica pode dar início a problemas de saúde, ou podem agravar doenças pré-existentes, muitas vezes, não diagnosticadas. Infelizmente, o melhor exemplo disso, é a recente morte do jogador Serginho, em pleno campo de futebol.
Também é comum encontrar pessoas que usam a atividade física para compensar maus hábitos, como fumo e alimentação inadequada. Este é um procedimento perigoso. Para ter uma idéia, o fumo reduz a capacidade de oxigenação do organismo, o que durante a pratica de exercícios, pode provocar lesão coronária.
“Para praticar qualquer tipo de exercício, todo indivíduo, de qualquer idade, deve, primeiro, passar por uma consulta com o médico, que avaliará sua saúde, considerando hábitos de vida e o histórico familiar, e solicitará os exames necessários", explica o Dr. Abrão José Cury Jr., diretor da Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, médico assistente da Universidade Federal de São Paulo e cardiologista do Hospital do Coração.
Depois a pessoa deve passar por uma avaliação fisiátrica para conferir as articulações e os músculos, deve fazer exames cardiológicos - Teste Ergométrico e Ecocardiograma – e laboratoriais, incluindo medição do nível de açúcar no sangue e colesterol. A partir da avaliação física e dos resultados dos exames, o médico pode orientar qual é o melhor exercício para o paciente e como deve ser executado. Os exames, às vezes, indicam alterações físicas ou funcionais. Nestes casos, o médico deve recorrer a exames mais completos para fazer um diagnóstico preciso
Os exames detectam ainda arritmias cardíacas, hipertensão e outras doenças, que sob esforço intenso, como uma corrida, podem desencadear problemas ainda mais graves, como infarto do miocárdio, fibrilação ventricular e até morte súbita. Por exemplo: É possível que uma pessoa com lesão coronária, ou estenose aórtica não importante, conviva perfeitamente com estes problemas a vida toda. Porém, a atividade física sobrecarrega o coração, agravar essas doenças e pode ser fatal.
Também é comum encontrar pessoas que usam a atividade física para compensar maus hábitos, como fumo e alimentação inadequada. Este é um procedimento perigoso. Para ter uma idéia, o fumo reduz a capacidade de oxigenação do organismo, o que durante a pratica de exercícios, pode provocar lesão coronária.
“Para praticar qualquer tipo de exercício, todo indivíduo, de qualquer idade, deve, primeiro, passar por uma consulta com o médico, que avaliará sua saúde, considerando hábitos de vida e o histórico familiar, e solicitará os exames necessários", explica o Dr. Abrão José Cury Jr., diretor da Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, médico assistente da Universidade Federal de São Paulo e cardiologista do Hospital do Coração.
Depois a pessoa deve passar por uma avaliação fisiátrica para conferir as articulações e os músculos, deve fazer exames cardiológicos - Teste Ergométrico e Ecocardiograma – e laboratoriais, incluindo medição do nível de açúcar no sangue e colesterol. A partir da avaliação física e dos resultados dos exames, o médico pode orientar qual é o melhor exercício para o paciente e como deve ser executado. Os exames, às vezes, indicam alterações físicas ou funcionais. Nestes casos, o médico deve recorrer a exames mais completos para fazer um diagnóstico preciso
Os exames detectam ainda arritmias cardíacas, hipertensão e outras doenças, que sob esforço intenso, como uma corrida, podem desencadear problemas ainda mais graves, como infarto do miocárdio, fibrilação ventricular e até morte súbita. Por exemplo: É possível que uma pessoa com lesão coronária, ou estenose aórtica não importante, conviva perfeitamente com estes problemas a vida toda. Porém, a atividade física sobrecarrega o coração, agravar essas doenças e pode ser fatal.
Automedicação: o barato que sai caro
Apesar de saber que é perigoso ingerir remédios com base na indicação do balconista da farmácia, de amigos, ou achando que os sintomas são de uma doença que conhece ou já teve, muitas pessoas ainda recorrem a automedicação, para economizar a consulta médica e o exame diagnóstico. Porém, em geral, essa conduta sai mais cara. Os remédios podem agravar doenças, mascarar sintomas, ter efeitos colaterais danosos, ou no mínimo, servir para nada.
Existem pessoas que fazem uso de medicamentos que sobraram, sem ter certeza de que se trata da mesma doença. Outras não sabem que a indicação do balconista, ou de amigos, pode induzir à compra de medicamentos sem garantia de qualidade. Outras ainda com uma única receita médica, no mesmo dia, compram várias vezes o mesmo remédio e o consome indiscriminadamente.
O Dr. Abrão José Cury Jr., diretor da Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, médico assistente da Universidade Federal de São Paulo e cardiologista do Hospital do Coração, dá exemplos de medicamentos freqüentemente consumidos sem indicação médica e mostra os perigos.
Laxante - Quando consumido indiscriminadamente pode levar a alterações intestinais. Se a pessoa estiver constipada (intestino preso), complica o quadro e pode levar à perfuração do intestino. Nos idosos, pode provocar desidratação e alterações metabólicas, colocando a vida em risco. Pessoas com tumor intestinal, em geral não diagnosticado, podem agravar a doença.
Xarope - A tosse pode ter várias causas, como infecção viral ou bacteriana, alergia, refluxo da hérnia de hiato e câncer das vias respiratórias. O xarope pode mascarar o sintoma, permitindo que a doença evolua sem controle, pode piorar o problema ou não ter efeito algum.
Antibiótico – Droga usada para tratar várias infecções, como as respiratórias, gripes e abscessos. Mesmo que a pessoa acerte na escolha, ao comprar sem indicação médica, pode errar no tipo e na dosagem, levando ao tratamento errado. Além disso, o indivíduo pode desenvolver resistência à droga e quando for realmente necessária, não terá efeito.
Antiácido - Muito usado para combater dor de estômago, que pode ser sintoma de úlcera, tumor, pancreatite e até de infarto do miocárdio. O uso inadequado pode retardar o diagnóstico, comprometer o tratamento e expor ao risco de morte.
Aspirina - Reconhecida como droga que previne o infarto, só pode ser consumida com indicação médica, mesmo no controle de outras doenças, porque tem efeitos colaterais importantes, podendo provocar problemas de estômago e hemorragias. Pode ser fatal se usada para combater a dengue.
Colírio - Sem indicação médica, a única coisa que se pode passar nos olhos é água limpa. Os colírios têm princípios ativos variados, como corticóides e antibióticos, podem mascarar ou exacerbar doenças e se a pessoa tiver problemas prévios, como glaucoma, pode agravá-los.
Cremes e pomadas - Muitas pessoas cometem o erro de achar que existem cremes e pomadas que tratam tudo, o que está errado porque cada um tem uma indicação adequada. O uso indiscriminado pode mascarar doenças, como câncer de pele, pode provocar dermatite de contato, ou pode não ter efeito.
Remédios naturais - Todos os medicamentos, sem exceção, têm efeitos colaterais e pode provocar riscos à saúde.
Vitaminas - Só devem ser tomadas quando há uma real necessidade até porque algumas, dependendo da dose, podem provocar doenças. A vitamina C, por exemplo, provoca distúrbios gastrointestinais e cálculo renal. A vitamina A, quando consumida por crianças, pode provocar hipertensão craniana.
Suplementos alimentares - Podem ter efeitos tóxicos, ou não fazer nada. Estudos em andamento, relacionam os suplementos com o desenvolvimento de arritmias cardíacas e com morte súbita.
Casamento de remédios - Algumas pessoas, ao acharem que estão com gripe, por exemplo, ingerem xarope para a tosse, que piora a secreção pulmonar, descongestionante nasal, que nos casos de sinusite e pneumonia piora o quadro, e injeções à base de eucalipto, absolutamente inúteis. Além disso, tudo junto pode provocar reações alérgicas e até choque anafilático.
“É importante que as pessoas saibam cuidar melhor da saúde, conheçam o risco da automedicação, valorizem mais o conhecimento médico e o ideal é que todos os medicamentos sejam vendidos apenas com retenção de receita”, finaliza o dr. Abrão José Cury Jr.
Existem pessoas que fazem uso de medicamentos que sobraram, sem ter certeza de que se trata da mesma doença. Outras não sabem que a indicação do balconista, ou de amigos, pode induzir à compra de medicamentos sem garantia de qualidade. Outras ainda com uma única receita médica, no mesmo dia, compram várias vezes o mesmo remédio e o consome indiscriminadamente.
O Dr. Abrão José Cury Jr., diretor da Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, médico assistente da Universidade Federal de São Paulo e cardiologista do Hospital do Coração, dá exemplos de medicamentos freqüentemente consumidos sem indicação médica e mostra os perigos.
Laxante - Quando consumido indiscriminadamente pode levar a alterações intestinais. Se a pessoa estiver constipada (intestino preso), complica o quadro e pode levar à perfuração do intestino. Nos idosos, pode provocar desidratação e alterações metabólicas, colocando a vida em risco. Pessoas com tumor intestinal, em geral não diagnosticado, podem agravar a doença.
Xarope - A tosse pode ter várias causas, como infecção viral ou bacteriana, alergia, refluxo da hérnia de hiato e câncer das vias respiratórias. O xarope pode mascarar o sintoma, permitindo que a doença evolua sem controle, pode piorar o problema ou não ter efeito algum.
Antibiótico – Droga usada para tratar várias infecções, como as respiratórias, gripes e abscessos. Mesmo que a pessoa acerte na escolha, ao comprar sem indicação médica, pode errar no tipo e na dosagem, levando ao tratamento errado. Além disso, o indivíduo pode desenvolver resistência à droga e quando for realmente necessária, não terá efeito.
Antiácido - Muito usado para combater dor de estômago, que pode ser sintoma de úlcera, tumor, pancreatite e até de infarto do miocárdio. O uso inadequado pode retardar o diagnóstico, comprometer o tratamento e expor ao risco de morte.
Aspirina - Reconhecida como droga que previne o infarto, só pode ser consumida com indicação médica, mesmo no controle de outras doenças, porque tem efeitos colaterais importantes, podendo provocar problemas de estômago e hemorragias. Pode ser fatal se usada para combater a dengue.
Colírio - Sem indicação médica, a única coisa que se pode passar nos olhos é água limpa. Os colírios têm princípios ativos variados, como corticóides e antibióticos, podem mascarar ou exacerbar doenças e se a pessoa tiver problemas prévios, como glaucoma, pode agravá-los.
Cremes e pomadas - Muitas pessoas cometem o erro de achar que existem cremes e pomadas que tratam tudo, o que está errado porque cada um tem uma indicação adequada. O uso indiscriminado pode mascarar doenças, como câncer de pele, pode provocar dermatite de contato, ou pode não ter efeito.
Remédios naturais - Todos os medicamentos, sem exceção, têm efeitos colaterais e pode provocar riscos à saúde.
Vitaminas - Só devem ser tomadas quando há uma real necessidade até porque algumas, dependendo da dose, podem provocar doenças. A vitamina C, por exemplo, provoca distúrbios gastrointestinais e cálculo renal. A vitamina A, quando consumida por crianças, pode provocar hipertensão craniana.
Suplementos alimentares - Podem ter efeitos tóxicos, ou não fazer nada. Estudos em andamento, relacionam os suplementos com o desenvolvimento de arritmias cardíacas e com morte súbita.
Casamento de remédios - Algumas pessoas, ao acharem que estão com gripe, por exemplo, ingerem xarope para a tosse, que piora a secreção pulmonar, descongestionante nasal, que nos casos de sinusite e pneumonia piora o quadro, e injeções à base de eucalipto, absolutamente inúteis. Além disso, tudo junto pode provocar reações alérgicas e até choque anafilático.
“É importante que as pessoas saibam cuidar melhor da saúde, conheçam o risco da automedicação, valorizem mais o conhecimento médico e o ideal é que todos os medicamentos sejam vendidos apenas com retenção de receita”, finaliza o dr. Abrão José Cury Jr.
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